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sábado, 26 de fevereiro de 2011

CLAUDIM DIZ QUE VEREADOR NÃO PODE SER OFFICE -BOY DO PREFEITO

Durante audiência pública que aconteceu na noite da última quarta-feira, Claudim criticou outra vez os gestores pela caos que se instalou na saúde pública da cidade.
A reunião que terminou antes do previsto, foi marcada dentre outras coisas, contou mais uma vez com um discurso contundente do vereador Claudim da Prefeitura.

Foto: Vanelle Oliveira
O professor José Geraldo diz que o encerramento repentino da audiência é uma forma de desrespeito à comunidade

A audiência pública proposta pelo vereador Valcir Soares (PTB) e dirigida pelo presidente da comissão de Saúde, Marcos Nem (PR), para discutir a questão do fechamento de farmácias dos postos de saúde do município teve a participação de membros do Conselho Municipal de Saúde, representantes de associações comunitárias e do Conselho Regional de Farmácia.

Com o plenário do legislativo municipal lotado de pessoas dispostas a ouvir e serem ouvidas e com o objetivo de buscar soluções para os problemas da saúde pública do município, a audiência seguia com debates calorosos, até que o presidente da comissão optou por encerrá-la.
Claudim uma vez mais se sobressaiu e disse que, diante da grave crise administrativa que passa a cidade a câmara municipal tem que cumprir o seu papel fiscalizador. Disse que vereador não pode ser Office-Boy do prefeito.

A população reagiu com protestos e muita gritaria contra a atitude do parlamentar. Marcos Nem alegou que a comunidade estaria usando o microfone para se manifestar sobre assuntos que não diziam respeito à ocasião. Ele também disse temer que acontecesse um tumulto ainda maior. " Por várias vezes, solicitei ao público presente que se ativesse às questões voltadas para as farmácias dos bairros. Como presidente da comissão, é minha obrigação zelar pelo bom andamento da reunião e pela qualidade das discussões visando buscar as soluções do problema", explica.

Do outro lado do plenário, a população não reagiu bem com o encerramento da reunião. Revoltada, a contadora, Marilda Batista da Silva diz ter presenciado um gesto de arbitrariedade por parte do legislativo municipal. "Arbitrariedade sim. Eles fazem discurso e não querem ouvir a população que paga impostos e utiliza dos serviços públicos de saúde. Acho isso uma enorme falta postura dos nossos representantes", desabafa.

Para José Geraldo Cojack, professor e membro do conselho municipal de Saúde, o encerramento repentino da audiência é uma forma de desrespeito à comunidade de Montes Claros.
"A sensação que todos nós, dependentes do serviço municipal de saúde, temos é de indignação com tamanho desrespeito à democracia, pois viemos aqui para ajudar e eles simplesmente reprimem a democracia encerrando a reunião", afirma.

José diz ainda esperar que a população não desista de lutar por uma saúde pública de qualidade em Montes Claros. "O povo não é bobo. Não é isso que vai impedir que as pessoas desistam da luta, queremos uma saúde de qualidade, frisa.

Surpreso, o secretário do conselho municipal de Saúde, João Batista, lamentou o destino que a audiência pública tomou e a forma com que a câmara agiu com a situação. "A reunião estava maravilhosa, com todos os presentes envolvidos em busca de melhorias para o setor de saúde, pois quem mais sofre é a população e ela esteve representada aqui. Mas na hora do público expor suas opiniões eles não têm o direito. É lamentável. Temos que ter pessoas com mais estrutura e poder de controle para conduzir reuniões dessa magnitude, diz.

O vice-presidente da comissão, vereador João de Deus (PPS), informou que a realização de audiências públicas é para dar voz à população, mas justificou dizendo que a comunidade estava exaltada e, que naquela situação, pouco poderia contribuir com soluções para a questão. A Câmara Municipal de Montes Claros não informou se a audiência será retomada

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