Minha Casa, Minha Vida...

Por uma moradia digna

25/04/2012 - 18h36m
Samuel NunesRepórter
Aproximadamente 50 moradores do bairro Vila Castelo Branco estiveram reunidos, na noite da última terça-feira (24), no salão comunitário para expõe à prefeitura, a necessidade de agilização da retomada das obras de construção das unidades habitacionais no Castelo Branco.

Farley da Silva Ferreira e sua esposa Aline Bahia da Silva: a expectativa é de que as casas possam ser entregues logo para possamos  morar dignamente

O líder comunitário, Gonçalo Cardoso, ressaltou a necessidade da união de toda a comunidade da Vila Castelo Branco em torno de um só objetivo: execução das obras e, posteriormente, a entrega das casas para aqueles moradores que ainda residem em locais, sem qualquer infraestrutura. Segundo ele, em encontro com a administração municipal, no último dia 30 de março, dois dias após audiência pública realizada na câmara municipal, alguns moradores foram chamados à prefeitura para assinatura da ordem de serviço que determina a retomada das obras. No entanto, quase um mês depois, a obra continua paralisada.

Ansiosos
A reportagem de O Norte visitou novamente o local, assim como conversou com algumas famílias, como é o caso do carroceiro Farley da Silva Ferreira e sua esposa Aline Bahia da Silva,  que vivem hoje de forma precária e de certa forma desumana, pois têm como casa, apenas uma cobertura de lona preta.
- A expectativa é de que as casas possam ser entregues logo e que, juntamente com minha esposa, possamos morar em um local digno, frisa.
Maria Helena Mendes, também moradora, afirma que aguarda com ansiedade a retomada das obras e garantiu que os moradores estão mobilizados e vão cobrar das autoridades, uma posição imediata, para que a retomada das obras não seja mais uma das promessas da administração municipal.
O diácono Elpidio, da Paróquia São Francisco de Assis, lembrou, no transcorrer da reunião, que já são oito anos de espera e que a Vila Castelo Branco continua a mesma, sem infraestrutura, sem ruas asfaltadas. Mas de acordo com ele,  a comunidade desta vez está vez unida e consciente.
- A realidade aqui precisa ser mudada, é preciso sim, esta mobilização, e a comunidade, pode contar com o apoio das pastorais sociais nesta luta, frisa.
Nesta reunião ficou acertada a ida de moradores do bairro Vila Castelo Branco à Câmara Municipal, na terça-feira, 08 de maio, objetivando chamar mais uma vez a atenção dos vereadores para que estes intercedam, junto à administração municipal, para que as obras sejam reiniciadas. Se as obras ainda estiverem paralisadas até a data, a comunidade promete se manifestar com faixas e cartazes, todos alusivos à necessidade de conclusão das obras  de construção das unidades habitacionais no Castelo Branco.

Assinatura
Release encaminhado à imprensa diz que o prefeito de Montes Claros assinou, durante entrevista coletiva realizada, na última sexta-feira (13/04), as ordens de serviço para dar início às obras de construção das unidades habitacionais do bairro Castelo Branco e da Vila Mauricéia. No entanto, as obras segundo a comunidade, não foram reiniciadas.
O projeto contempla a construção de 193 unidades no Castelo Branco e de 128 na Vila Mauricéia. As famílias que serão beneficiadas moram em local de extremo risco, embaixo das linhas de transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG).
O texto revela ainda, que no bairro Castelo Branco, a obra está sendo viabilizada em parceria com o Governo Federal, através do Ministério das Cidades, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A empresa vencedora da licitação, Consercon Construções LTDA, assinou um contrato no valor de R$ 6.002.542,13 (seis milhões, dois mil, quinhentos e quarenta e dois reais e treze centavos), tendo como contrapartida da Prefeitura o valor de R$ 1.546.315,10 (um milhão, quinhentos e quarenta e seis mil, trezentos e quinze reais e 10 centavos) e repasse do Governo Federal de R$ 4.456.227,03 (quatro milhões, quatrocentos e cinquenta e seis mil, duzentos e vinte e sete reais e três centavos).
Além das 193 unidades, já estão sendo construídas 72 pela Empresa Municipal de Serviços e Obras de Urbanização (ESURB), cujos recursos são provenientes da União e da Prefeitura de Montes Claros. O valor total dessas 72 unidades é de R$ 2.909.786,40, com repasse de R$ 1.811.263,46  e contrapartida de R$ 1.098.522,94. Serão recuperadas 13 unidades habitacionais no conjunto Novo Castelo Branco. Diz o texto da secretaria de comunicação e articulação institucional da prefeitura de Montes Claros.Minha

Cabide de empregos...

Prefeitura gasta milhões com cargos comissionados - Dinheiro daria para asfaltar 10 bairros de Montes Claros

25/04/2012 - 18h28m
Lucilene PortoRepórter
58 milhões de reais. Esse é o valor dos 39 meses de salários (três anos e três meses) pagos aos quase 590 funcionários que ocupam cargo comissionado na Prefeitura de Montes Claros. Na última terça-feira (24), o vereador Claudim da Prefeitura (PPS) usou a tribuna para criticar o número de cargos de confiança da atual administração.

Rodrigo Oliveira

Contratados e comissionados já custaram aos cofres públicos, até o mês de abril, cerca de 234 milhões de reais

-Todo mês sai do bolso da população, cerca de 1 milhão e meio de reais para pagar funcionários que ocupam cargo discricionário. Esse dinheiro daria para asfaltar mais de 10 bairros na nossa cidade, disparou.
O parlamentar, que faz oposição linha dura à atual administração municipal, também apresentou a O Norte relação de funcionários contratados que, segundo ele, chega a 3.400 pessoas, o que contabiliza uma folha de pagamento em torno de R$ 4 milhões e quinhentos mil. Juntos, o número de contratados e comissionados, ainda de acordo com o vereador, já custou, até o mês de abril, à população cerca de 234 milhões de reais.
-Sabemos que há necessidade de se fazer contratações, já que temos alguns cargos para os quais não houve concurso público, como o de gari. Há ainda, casos de professoras que tiram licença médica e funcionários da saúde. O que estamos fiscalizando é se esses contratados para cargos operacionais não estão sendo desviados de função, principalmente, em relação aos serventes de zeladoria, ajudante de serviços gerais, vigia, gari e cantineiro.
Ainda segundo o vereador, bairros como Vilage do Lago, Vila Castelo Branco, Itatiaia, Mangues, Vargem Grande, Santa Rafaela, Monte Carmelo, São Geraldo II, Olga Benário e Alterosa, que convivem com a poeira, já poderiam estar asfaltados, se o dinheiro usado para pagar cargos de confiança tivesse sido aplicado em obras.
-Sabemos que esses funcionários comissionados passam pelo crivo do prefeito, é uma opção dele, fazer política do empreguismo. Não poderia enxugar o gasto com cargos desnecessários e empregar a arrecadação dos impostos em prol do povo?
O vereador foi enfático ao afirmar que o dinheiro utilizado para pagar a folha de pagamento é originado do IPVA, IPTU, ISSQN, taxa de alvará sanitário e taxa de coleta de lixo.
Para Claudim, os impostos devem retornar em forma de benefício para a população, como asfaltamento de ruas, limpeza urbana, varrição de ruas e limpeza de boca de lobo.
-Já recebemos várias denúncias a respeito de bocas de lobo na avenida João XXIII que não recebem limpeza, de bairros e ruas sujas, abandonados.
O parlamentar apresentou documentos comprovando os salários dos comissionados. O secretário adjunto recebe R$ 6.215,02, secretário municipal R$ 7.768,78 e diretor administrativo R$ 5.002,48. Outros cargos como chefe de divisão, chefe de sessão, encarregado de setor e de serviços gerais podem chegar aos seguintes valores respectivamente: R$ 2.697,26, R$ 2.593,77, R$ 2.239,20 e R$ 1.707,51.
A atual folha de pagamento da prefeitura custa aos cofres públicos R$ 16 milhões de reais. Segundo a secretária de Administração, Marta Pompéu, 50% do número de funcionários são efetivos.
-O número de cargos contratados tem se reduzido ao longo dos últimos anos, embora tenha aumentado o número de escolas e unidades de saúde. Nossos gastos estão no portal transparência. Em dezembro de 2008, o número de comissionados e contratados era muito maior, afirma.

Suplente desconhecido

Repercute na Câmara saída de vereador da oposição


 
A perda de mandato do vereador pastor Altemar Freitas (PSDB), por infidelidade partidária, repercutiu nesta terça-feira, 24, durante reunião ordinária na Câmara Municipal. Parte dos vereadores se solidarizou em favor do parlamentar e usou a tribuna para lembrar o trabalho do pastor, que fazia oposição linha dura contra a atual administração, ao lado do vereador Claudim da Prefeitura (PPS).

Por telefone, o vereador pastor Altemar que sua defesa já entrou com dois embargos contra a decisão judicial

A notícia oficial sobre a perda do mandato foi divulgada pelo presidente da Câmara, Valcir da Ademoc (PTB), no início da tarde da última segunda-feira (23), quando foi notificado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para indicar o suplente do vereador do PSC.

Por telefone, o vereador pastor Altemar informou a O Norte que está em Brasília/DF e que sua defesa já entrou com dois embargos contra a decisão judicial. Disse ainda que dará entrevista coletiva à imprensa, na quinta-feira, 26, a partir das 9h, na rua Uruguai, 528 – bairro Doutor João Alves.

-Estou otimista. Já recebi dezenas de telefonemas e e-mails de pessoas preocupadas com essa situação. Mas temos o prazo de 10 dias para recorrer, e vamos aguardar uma resposta positiva.

O desfecho do caso pastor Altemar vinha sendo aguardado desde o final do ano passado, quando o presidente do partido PSC, ao qual ele pertencia, entrou com ação judicial alegando infidelidade partidária. O partido justificou que não havia motivos para que o pastor mudasse para outra legenda. Do outro lado, o pastor defendeu-se, alegando que existia perseguição política dentro do partido envolvendo a atual administração e por esse motivo, sua permanência no Partido Social Cristão não pode continuar. Além disso, segundo o pastor, o PSC, que na época da campanha eleitoral era oposição ao atual prefeito, tornou-se situação. Assim, ele filiou-se ao PSDB. Pastor Altemar deixa a Câmara Municipal com três anos e quatro meses de mandato. Ele foi eleito com 2.122 votos.

A vereadora Rita Vieira (PSDB) foi uma das que se solidarizam com o Pastor Altemar. Ela iniciou seu discurso dizendo que o colega foi escolhido democraticamente, e por isso não concorda com a decisão da justiça.

-Ele foi eleito pelo povo, com mais de dois mil votos, portanto deveria prevalecer a vontade da população que o elegeu.

O vereador Claudim da Prefeitura disse que a Câmara estava de luto por ter perdido uma das vozes da oposição.

-Vamos reforçar nosso compromisso com os cidadãos de Montes Claros. Espero que o suplente seja alguém de opinião e de coragem como o pastor Altemar.

De acordo com o presidente da Câmara, Valcir da Ademoc, ele irá aguardar a indicação da Justiça Eleitoral local para empossar o suplente de vereador do PSC.

-Com as novas mudanças, o mandato agora é do partido e não do vereador. Se não houver uma justificativa para a mudança de legenda, o parlamentar é passível de punição. Essa decisão demonstra que a Justiça não está dormindo. Temos aqui o caso do vereador Marcos Nem que mudou de partido na mesma época do pastor Altemar. Marcos Nem migrou do PR para um partido novo (PSD), o que a nova legislação permite, diferente do pastor Altemar que mudou para o PSDB.

Questionado sobre o possível suplente, Valcir respondeu que, a grosso modo, os três primeiros suplentes do PSC não poderão tomar posse, já que dois saíram do partido, e o terceiro saiu e voltou ao partido, o que poderá resultar no mesmo desfecho do pastor Altemar.

-Por esse motivo solicitamos à justiça que nos indique qual é o suplente que está em condições de assumir a vaga.

Dinheiro para hospitais dá para comprar 460 carros populares

Dois projetos de lei foram aprovados na manhã de ontem (24) pelos vereadores. Os projetos que precisam ser sancionados pelo prefeito prevêem repasse de 10 milhões e 600 mil reais para investimentos na urgência e emergência dos hospitais de Montes Claros, e também na manutenção das instituições.

O vereador Claudim da Prefeitura lembrou que o projeto do executivo já deu entrada na Câmara com quatro meses de atraso.

-Esse projeto já deveria ter sido encaminhado para a Câmara desde o mês de janeiro. O município demorou fazer o repasse, o que traz prejuízo para a saúde de nossa cidade que já está um caos. Eu desafio aqui a atual a administração para ver se eles vão pagar o retroativo de uma só vez, alfinetou.

Terceiro pacotes já se foi....

Asfalto? Só promessa...



Moradores do bairro Mangues, região sul da cidade, realizaram na tarde/ noite da última segunda-feira, 23, manifestação objetivando chamar a atenção do poder público municipal quanto às condições das ruas desta comunidade, onde o que predomina é a poeira e os buracos. O bairro que surgiu em meados de 1998 e tinha, àquela época, aproximadamente 48 famílias como moradores. O tempo passou e, atualmente, o bairro conta com um contingente populacional de aproximadamente 300 famílias. Mas em relação à infraestrutura, pouca coisa mudou e o asfalto, mas asfalto de qualidade, continua sendo um sonho...

Moradores cobram do poder público municipal o tão sonhado asfalto

Por isso, os moradores decidiram cobrar do poder público uma solução. Os manifestantes estenderam faixa cobrando asfaltamento das ruas e com gritos de ordem cobraram da atual administração municipal que o asfalto deixe de ser promessa e se transforme em realidade. Durante a manifestação, eles interceptaram o trânsito na Avenida Coração de Jesus, principal via de acesso entre o Mangues e o bairro Major Prates. Nesta via pública eles queimaram pneus e com um carro de som, reivindicaram benfeitorias para o Mangues.
Charles Macedo, morador e líder comunitário reclama da inércia da administração trazer melhorias para o bairro. O Mangues, atualmente, não tem nenhuma de suas ruas asfaltadas. Os moradores são obrigados a conviver com a poeira e com um número infindável de buracos.
- E não é só o asfalto que nos falta, não. A comunidade não tem uma escola municipal, unidade do PSF- Programa Saúde da Família e projeto de alcance social que possa preencher o tempo ocioso de jovens e adolescentes. Esperamos que algo seja feito em prol da nossa comunidade, que se encontra abandonada. Não estamos manifestando contra a pessoa do prefeito, estamos querendo tão somente melhorias para a comunidade do Mangues, enfatiza.

Alergia
Ediene do Carmo Silva, dona de casa, é mãe de Patrícia Fernanda, 17 anos, que tem sofrido doenças alérgicas em decorrência da poeira. Além disso, quando chega a chuva, segundo ela, a filha encontra dificuldade para chegar à escola, pois o bairro se transforma em um grande lamaçal.
Por falar em escola, a moradora e costureira Maria Vargas, disse a reportagem de O Norte que até mesmo o transporte escolar não passa dentro do bairro, devido à precariedade das ruas do Mangues.
Em relação à saúde há também reclamações, como do auxiliar de encarregado de produção, Evangelho Prates Fonseca. De posse de um exame de hemograma, datado do inicio do mês de março, ele afirmou à reportagem que fez algumas tentativas de entregá-lo ao médico que atende no posto de saúde do bairro Major Prates, entretanto, ainda não obteve êxito, o que o levou a desistir, apesar da necessidade de conhecer o resultado dos exames e o seu estado de saúde. 
Já o morador Cristiano dos Santos Vieira, demonstrando indignação, tinha em mãos as guias de IPTU dos últimos anos. Para ele, que mantém seus impostos em dia, é indemissível o abanado a que o bairro foi legado pela atual administração, que fica com o dinheiro do IPTU e não investe no Mangues.

Cristiano dos Santos Vieira: Como pagar IPTU se não vemos nada de melhoria no nosso bairro que não tem nenhuma rua asfaltada?

- Por que pagar IPTU se não vemos nada de melhoria no nosso bairro? Aqui não temos nenhuma rua asfaltada!
Enquanto isso, a administração pública municipal continua gastando dinheiro com propagandas para mostrar uma cidade que não condiz com a realidade vivida pela população.
As secretarias de Obras e de Serviços Urbanos foram procuradas sem êxito.

Vereador do PPS endereça cobranças a administração municipal

O vereador Claudim da Prefeitura (PPS) lamentou na manhã desta terça-feira, 24, a perda de mandato do seu colega de parlamento Pastor Altemar depois de decisão do Tribunal Regional (TER) em Belo Horizonte.  O parlamentar elogiou a atuação corajosa do colega de oposição durante sua estadia no legislativo municipal.
Claudim da Prefeitura afirmou que sua responsabilidade aumenta ainda mais uma vez que é a única voz corrente de oposição no legislativo municipal. O parlamentar do PPS não deixou de salientar a inércia da atual administração em relação, por exemplo, a infraestrutura nos bairros onde a poeira, buracos, mato e lixo tem tomado conta.  
- Um exemplo do descaso é o bairro Mangues onde não tem sequer uma rua asfaltada. Esta é uma administração que vende uma cidade ilusória para a população. Basta visitar os bairros como Itatiaia, Independência, Monte Carmelo, Alterosa e Mangues. Todas estas comunidades abandonadas pela administração municipal que reitero só têm propagandas.  
O parlamentar destacou a mobilização de moradores do bairro Mangues que cobraram na tarde da última segunda-feira melhorias para esta comunidade que não tem sequer uma rua asfaltada.
Saúde
Claudim da Prefeitura abordou também as dificuldades vivenciadas pela população no tocante a saúde. Afirma que mesmo a entrega de resultado de exames para os médicos nos postos de saúde há dificuldades por parte da população.
- Para saber a verdadeira realidade enfrentada pela população no que se refere a saúde basta ir aos postos de saúde e nos hospitais onde inúmeras pessoas estão nos corredores a espera de atendimento, frisa.

Prefeito honesto deve servir e não se servir 

O entrevistado desta semana, na série de entrevistas sobre os pré-candidatos a prefeito de Montes Claros, é o ex-deputado e ex-ministro do Tribunal de Contas, Humberto Souto. Souto, que foi líder do governo e presidente da câmara dos deputados recebeu a equipe de O Norte em seu escritório na Rádio Educadora, Vila Brasília, por volta de meio-dia da última terça-feira, dia 17. Experiente político, o montesclarense que começou a carreira pública como vereador, depois se elegeu deputado estadual (1 mandato) e por fim, deputado federal (por sete mandatos, seis deles consecutivos) lembrou que ajudou Montes Claros a ser incluída nas cidades de porte médio, trouxe o asfalto e contribuiu para a formação da Unimontes, entre outras ações. Para ele, o município cresce independentemente das ações da prefeitura. Aos 77 anos de idade, garante que possui vigor e vontade política necessários para governador Montes Claros e mais, afirma ser pré-candidato a prefeito pelo PPS e alerta que a política do toma lá dá cá tem que acabar.

Lucilene Porto
Samuel NunesRepórteres

O senhor é pré-candidato a prefeito de Montes Claros?
Poderia dizer que sim. A conversa evoluiu, as pessoas vêm falando e o meu partido tem interesse que eu seja candidato. Está muito longe das convenções, as pessoas ainda estão colocando seus nomes, não sabemos o que vai acontecer. Preliminarmente, sou pré-candidato a prefeito.

O senhor já foi vereador, deputado e ministro. Quais seriam as propostas para o desenvolvimento econômico e social para nosso município?
Eu sempre digo que Montes Claros é uma cidade privilegiada. Ela desenvolve e cresce sozinha. Se você não atrapalhar, ela cresce sem precisar de ninguém. Cresce pela sua situação, localização e pelo seu povo, pois tem todas as condições que fazem dela uma grande líder regional. Todavia, o prefeito de Montes Claros não se resume a ser um administrador da cidade, ele precisa ser um líder da cidade e deve estar presente em todos os aspectos. Ele tem de se preocupar com o emprego, trânsito, desenvolvimento, saúde, segurança, educação e a universidade. Todos estes setores compõem a vida de uma comunidade. O prefeito deve se preocupar se o seu povo está feliz e seguro. Se não estiver, o prefeito deve buscar soluções para resolver esta situação: ir ao governador, à imprensa, denunciar, brigar e discutir. O que não pode é ver a cidade ser destruída pela violência (este ano, aqui na cidade, mais de 20 pessoas foram assassinadas de acordo com a imprensa) e ficar na mesmice. Na saúde pública também é assim, não se pode viver numa cidade onde as pessoas estão morrendo na fila dos hospitais. É preciso reestruturar todo o processo da saúde de Montes Claros, porque a prefeitura não vem cumprindo sua parte com os hospitais no que se refere a urgência e emergência.
Não podemos ignorar que o Distrito Industrial esteja abandonado. É preciso efetivamente condições para que a cidade possa ter um distrito capaz de abrigar empresas que queiram vir para cá. Uma empresa vem para Montes Claros pela importância da cidade, pelas lideranças, pela localização, por ter universidades, escolas técnicas, mercado interno e estar próximo de Belo Horizonte e do Nordeste. A cidade oferece condições para isto. O prefeito tem de ir a São Paulo, ao exterior e mostrar a potencialidade de nossa cidade para vender esse potencial. Para isso, você tem de ser respeitável, não pode um ser prefeito corrupto, mal-visto, politiqueiro e desonesto. O prefeito de Montes Claros tem de ter projeção do que será o município daqui a 10 anos, do que vai ser o ensino e a saúde daqui 20 anos. Não podemos ficar na mesmice de ficar negociando aumento da zona urbana com interesses escusos, venda da Praça de Esportes, nem ficar negociando nomeação de diretores e de cargos para vereador e esquecer que tem o Bicano que está virando depósito de lixo e o córrego Pai João. Estas obras foram iniciadas há décadas e por falta de vontade política não foram terminadas deixando a cidade sem as grandes artérias. Ser prefeito de Montes Claros não é fazer um plano de ser zé promessa, isso é ser politiqueiro. O povo está esgotado disso. É preciso ter planos, ideias e projetos de visão e progresso.

E o tempo de partido?
Espero que o PPS consiga aglomerar alguns partidos. Não preciso de muito tempo de tv. Tenho 40 dias, se falar 3 minutos por dia, vou mandar meu recado para o eleitor. Falar da minha vida política e tudo que construí e conquistei para Montes Claros e cidades do Norte de Minas.

O PPS tem hoje dois vereadores na câmara: Claudim da Prefeitura, que faz oposição a atual administração e o João de Deus que, teoricamente, faz parte da base do prefeito. Qual a sua avaliação sobre o papel do vereador?
Estamos falando sobre o que faria como pré-candidato a prefeito de Montes Claros. Não temos que falar no passado. Essas formas horríveis de administrar, entre prefeito, vereadores e câmara não fazem parte dos meus planos. A população está sabendo o que acontece com cada vereador. A relação do prefeito com a câmara deve ser respeitosa e não promíscua. Quando você tenta comprar um vereador, através de um toma lá da cá é um desrespeito ao vereador. Na minha administração, o vereador vai ser valorizado, vai participar da administração. O prefeito tem de saber que é preciso existir oposição. Devemos respeitar a oposição, esse elemento é o mais importante na administração pública. É ela que vai apontar o que está acontecendo de errado na sua administração. O prefeito honesto deve servir e não se servir como está acontecendo hoje na política brasileira, onde todos só querem resolver os seus problemas pessoais.

Depois de Toninho Rebello, os prefeitos que se alternaram no poder foram os mesmos nas últimas décadas. Qual a importância do novo para Montes Claros?
O novo é exigido quando o velho é ruim. Se você é um prefeito que vem realizando uma grande obra não é preciso mudar. O congresso nacional renova 60% por ano, e cada ano piora. A renovação não é de nomes, é renovação de valores fundamentais para que você possa encarar como servir ao seu próximo e ao seu país. Servir para quê? Para dar uma vida melhor às pessoas. Por que está ruim? Está ruim hoje porque a cidade está suja, você não tem segurança, só tem uma universidade pública, não tem um Distrito Industrial efetivo, com vida, trabalho. O trabalho valoriza a vida. Os métodos de fazer política em Montes Claros estão arcaicos, são da mesma maneira, é no toma lá da cá.. É preciso renovar esses métodos, conceitos e valores para que todos possam participar da política. O novo não é medido pela idade, o deputado Humberto Souto é um homem velho, mas tem energia, vontade. Dediquei toda a minha vida para o meu país, com sacrifício da família e meu próprio.

Qual a sua opinião sobre a Lei da Ficha Limpa?
O povo com seu sofrimento e calamidade do país já vinha clamando uma solução. Ficha Limpa é um projeto de lei de iniciativa popular. Tive a honra de participar desse processo, pois fui membro da comissão que aprovou este projeto de lei, quando a população mandou para a Câmara dois milhões de assinaturas. Acho que é a própria sociedade que tem de selecionar seus candidatos, não precisa de uma lei. Mas como as coisas no Brasil chegaram a esse descalabro, a sociedade reagiu e foi necessário fazer a lei neste sentido. Não adianta ter lei de Ficha Limpa, é preciso que os poderes, principalmente o Judiciário, funcione e cumpra sua parte, que julgue os processos ligados à honestidade administrativa, do compromisso público e da responsabilidade com a coisa pública.

Como cidadão montesclarense qual é avaliação que o senhor faz de nossa cidade?
Montes Claros está explodindo de crescimento, não por força de ninguém, por força do povo, dos empresários. Montes Claros colhe os frutos da região. Se você pedir uma avaliação da administração de Montes Claros, não ficaria bem para mim. Montes Claros está uma cidade triste, feia, suja, esburacada e mal falada. Eu só sou pré-candidato porque eu não concordo com isso. Não quero criticar diretamente o prefeito. Acho que a administração, por algumas razões parou no tempo, não teve a ousadia de um bom administrador. Aquietou, manteve a barganha. Acho que um político não pode exercer um cargo político, e aproveitar a oportunidade para lançar a mulher como candidata a deputada, e dar a ela 50 mil votos, ou um filho a candidato. Isso é um desrespeito com o povo. Que métodos são usados para conseguir isso? Isso é uma agressão e uma violência contra a população. Espero que o povo faça essa análise. No Nordeste e Rio Grande do Sul ainda existe isso, perpetuação das famílias. Não podemos aproveitar do status que o povo deu para fazer isso. Vamos abrir nossa vida num debate, o povo tem direito de saber a vida de cada um, que deseja gerir o dinheiro dela. Porque neste país quem paga imposto é o pobre, uma lavadeira quando compra uma barra de sabão paga 30% de imposto, quando compramos uma bicicleta, um vestido, um quilo de feijão pagamos imposto. Isso que é recolhido pelo administrador público e colocado num cofre para fazer a saúde, a educação e a segurança.

Recado do vereador Claudim da Prefeitura

"Na verdade irei votar consciente, e votar contra este projeto de resolução, pois esta administração gasta os recursos públicos de forma arbitrária e sem levar em conta o interesse do bem comum, que é o principio da administração pública".

Na semana passada, tivemos em pauta um projeto de resolução que trata sobre as contas do Município relativas o exercício financeiro de 2010, que tem parecer de legal pela Comissão de Finanças, tendo em vista a aplicação dos recursos; isso significa que a abertura de crédito foi respeitada a legislação e aplicação mínima exigida por lei na educação e na saúde.

Agora quanto a questão do mérito, pois no mérito digo que votei contra este projeto. Na semana passada tive uma boa notícia que tem no Município 26 auditores do Tribunal de Contas fazendo averiguações com relação as contas do Município e o Tribunal certamente não veio tomar cafezinho na prefeitura e na Câmara também.

Temos a denuncia de 70 funcionários fantasmas da saúde, onde o próprio secretário afirmou em uma reunião do conselho que tinha estes 70 funcionários fantasmas, e até hoje o Município não deu uma resposta para população e este é um dos motivos que estarei votando contra este projeto de resolução.

Houve também a denúncia de desvio no hospital Alpheu de Quadros, onde foi feita uma sindicância, mas com uma   auditoria   administrativa   velada;   mas queremos que o Ministério Público investigue juntamente com o Tribunal de Contas.

As contratações na Revita no valor de 120 milhões, onde os bairros estão totalmente abandonados e sujos e por mais isso irei votar contra. Temos também a questão da aplicação de recursos públicos em um time de vôlei, onde existe indícios de ilegalidade, pois há diretores parentes do executivo, o que não pode.

Temos também a questão da reforma da cobertura do ginásio poliesportivo, onde foram gastos mais de 100 mil e foi só chover que continuou  a goteira e por isso voto contra. O prefeito fez um publicidade que iria reduzir 20 milhões por ano e só na educação consumiu mais de 800 mil reais, com gastos desnecessários.

A merenda escolar saiu de R$ 4 milhões e foi para R$ 12 milhões, e isso também é objeto de investigação do Tribunal de Contas. Temos também o transporte escolar que não é pago em dia e isso é uma covardia.  

O parecer do Tribunal de Contas é apenas sintética, mas agora eles estarão avaliando a forma analítica, abrindo inclusive a caixa preta da folha de pagamento, que está totalmente inchada.

O prefeito não cumpre as leis, inclusive majorando as taxas como a da coleta de lixo. Temos também a taxa de hotelaria, onde já tem inclusive uma ADIM e por tudo isso é que digo é muito triste a má administração em nosso Município.

Montes Claros melhor a cada dia...

Desleixo e falta de planejamento urbano



No meio do caminho há uma pedra. E há também buracos, galhos secos, degraus, bueiros destampados, declives acentuados e mato por todo lado, só para ficar em alguns exemplos. Problema antigo e sem solução, ao menos por hora, andar pelas calçadas de Montes Claros é um verdadeiro transtorno para os pedestres, que também convivem, diariamente, segundo eles com a falta de educação no trânsito, por parte de motociclistas e motoristas. Sem contar as bicicletas que são vistas com facilidade transitando pela contra mão. Com tantos obstáculos, pessoas a pé se arriscam andando pela rua e disputando espaço entre os automóveis.

Samuel Nunes

Pedestres reclamam das péssimas condições dos passeios

Na manhã de ontem, 18, a reportagem de O Norte pode constatar estas inúmeras dificuldades enfrentadas pelos pedestres de Montes Claros. Na Rua Barão do Rio Branco, por exemplo, a interminável conclusão das obras de reforma da Praça Coronel Ribeiro, tem criado inúmeros transtornos. O principal deles? Ausência de um passeio próximo ao ponto dos taxistas onde, o pedestre, possa passar tranquilamente. Em decorrência da reforma que nunca termina, pedestres disputam espaço com a estrutura montada ao entorno da referida praça e ainda, com carros, motos e bicicletas porque precisam usar as ruas para transitarem.
- É uma vergonha o que acontece em Montes Claros, é visível a falta de planejamento urbano. Esta obra da Praça Coronel Ribeiro é o retratado da incompetência desta administração. É preciso mais seriedade com a coisa pública. Ao invés de instalarem radares por que não pensam em um projeto para as vias públicas da área central, sugere o autônomo Carlos Henrique Silva Mendes.
Ainda na área central da cidade não foi difícil encontrar obstáculos para o pedestre. Na Praça Dr. João Alves, em frente ao Automóvel Clube, nas proximidades da escola Estadual Gonçalves Chaves, o passeio está parcialmente destruído e os pedestres precisam ser cuidadosos para não tropeçar e cair. A cada passo é preciso se desviar das pedras que estão ao longo do percurso.
- É complicada esta situação, pois, este lugar deveria ser mais preservado, principalmente porque muitas crianças circulam por aqui, frisa Carlos Mendes.
O mato e a sujeira são outros obstáculos enfrentados pelos pedestres. Na Avenida Afonso Pena, na área central do município, um canteiro que deveria estar com a grama podada é o reflexo do desleixo por parte do poder público municipal. Rosângela Ribeiro Gomes, estudante, critica a falta de fiscalização por parte dos órgãos competentes no que diz respeito aos direitos dos pedestres.
Ante tamanho desleixo e falta de planejamento, só resta à população acionar a justiça quando for “vítima” de algum dos passeios da cidade. Então, quem cair em uma calçada ou em qualquer via pública, devido à má conservação dos espaços públicos, pode acionar a Justiça e pedir indenização da Prefeitura. Mas  o número de pessoas que utiliza este recurso, até mesmo como forma de protesto,e ainda é pequeno. Nos últimos cinco anos, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) julgou 19 ações referentes ao assunto, no Estado. Destas, sete tiveram parecer indeferido.
A reportagem tentou falar na secretária de serviços urbanos para saber quais as providências poderiam ser tomadas, entretanto, não obteve êxito, pois o secretário atual, Pedro Narciso, não se encontrava.

PROPOSTA DE CAMPANHA – WALDYR SENNA BATISTA

Humberto Souto tem dito que pretende disputar a eleição de outubro próximo como candidato a prefeito. Mas poderá não concretizar esse seu intento, porque alinha condicionantes bastante rigorosas. O partido a que pertence (PPS) disporá de apenas cerca de um minuto nos programas de rádio e televisão, e ele considera que, sem ao menos três minutos, não haverá como desenvolver qualquer debate em torno de programa consistente de governo. Assim, ele diz que suas gestões a partir de 6 de junho, quando efetivamente começa a campanha, será tentar aglutinar apoios de outras legendas a programa que contenha medidas para a reconstrução de Montes Claros Ele quer se apresentar como o candidato que melhor poderá encaminhar soluções para os graves problemas da cidade. Com vários mandatos cumpridos na Câmara dos Deputados e o exercício de outras funções públicas, diz conhecer Brasília, onde dispõe de amplo relacionamento no setor administrativo federal para abrir portas. Sua principal bandeira, segundo disse, é o fato de, após mais de quarenta anos de vida pública, poder afirmar que não responde a processos de qualquer espécie, principalmente por quebra de decoro administrativo. Poucos políticos podem apresentar currículo da qualidade do seu, num meio em que a corrupção grassa e compromete biografias. Na sua opinião, nas eleições deste ano, a população de Montes Claros terá oportunidade de redirecionar os rumos da cidade, que não pode mais limitar-se a uma prefeitura desprovida de meios até para o atendimento de medidas administrativas corriqueiras. A cidade deverá optar entre candidatos que tenham competência para planejamento de grande alcance e obtenção de recursos federais para a concretização de projetos tecnicamente bem elaborados, e os que atuem no horizonte paroquial. Humberto Souto se apresenta como o político que reúne condições para ampliar as perspectivas da cidade, porque tem história e se dispõe a lançar mão dela para obter recursos para a realização de grandes projetos. Cita o programa Cidades de Porte Médio, que possibilitou grandes obras na administração do prefeito Antônio Lafetá Rebello, como resultado de trabalho seu em Brasília, e assegura que, como este, outros existem, à espera de projetos bem elaborados e de prefeitos que tenham credibilidade bastante para executá-los. O ex-deputado é de opinião que, se não souber votar, a população de Montes Claros poderá perder a grande oportunidade que lhe é oferecida para escolher um bom prefeito na eleição deste ano. Basta que não se deixe envolver por propostas que se limitem a oferecer mais do mesmo.Isso já se viu que não dá certo. O enfrentamento dos grandes problemas, que já estão aí, terá de acontecer com visão de futuro e propostas corajosas e inovadoras, que a preparem para acolher população superior a 500 mil habitantes dentro em breve. Ele diz que seu nome está sendo colocado à disposição da população. Na medida em que houver receptividade por parte de lideranças que comunguem ideias semelhantes, ampliará os contatos e detalhará suas propostas. A candidatura virá depois

Propaganda enganosa

Projeto Um computador por aluno não saiu do outdoor

A promessa da atual administração de implantar o programa Um computador por aluno nas escolas municipais de Montes Claros ainda não saiu do papel, conforme mostra reportagem de O Norte. Nem mesmo o estudante Moisés Francisco, de 13 anos, que aparece no outdoor como garoto propaganda do projeto, recebeu o computador.

Morador do bairro Ciro dos Anjos, Moisés é estudante da 5ª série da Escola Estadual Mestra Fininha. Ele foi escolhido aleatoriamente entre o final do ano passado e início deste ano para participar de propaganda da prefeitura. Ele lembra que no início achou a ideia bastante interessante, já que ele e os demais colegas da escola iriam ter uma ferramenta a mais para estudar. Quatro meses depois, ele ainda tem esperança de ter um computador.

-Tenho vontade sim, de ter um computador para estudar, pesquisar e utilizá-lo para muitas coisas na escola. Meus colegas sempre me perguntam quando os computadores vão chegar e eu respondo que não sei. Mas, tomara que a gente não se canse de esperar, disse o menino.

A avó e mãe de criação do garoto, Elvira Francisca da Costa, de 58 anos, disse que o neto ficou muito empolgado na época da propaganda e achou que a escola seria a primeira a ser beneficiada.

Sobre o número de professores que utilizavam computador em sala de aula, o garoto foi enfático.

-Oh, tenho as disciplinas de português, matemática, ciências, história, geografia, inglês e educação religiosa. Até hoje, eu só vi o professor de educação religiosa com notebook e eu acho que ele comprou com o dinheiro dele. Nossos professores ainda não receberam computadores, disse.

O diretor da Escola Estadual Mestra Fininha, José Maria Martins, confirmou que os cerca de 700 alunos ainda não receberam as máquinas. Mas garantiu que 80% dos professores já receberam o computador para trabalhar em sala de aula. Segundo Martins, muitos docentes estão sendo capacitados e por isso ainda não estão utilizando as máquinas.

-A Secretaria da Educação ficou de entregar os computadores para os alunos até o final deste mês e início do mês seguinte. Enquanto isso, está capacitando os professores. Segundo a Secretaria de Educação, os computadores já foram comprados. O que falta é aquisição do carrinho, equipamento que será usado para guardar os laptops, explicou.

De acordo com o diretor, a previsão é de que a escola receba 300 computadores, para atender alunos no turno da manhã (350) e a tarde (350).

-Os laptops não serão levados para a casa, nem pelos professores, nem pelos alunos. São de patrimônio da prefeitura. A expectativa é de que os computadores atendam os alunos no segundo semestre.

No mês passado, notícia divulgada pela atual administração em jornais locais, dava conta de que a partir do dia 16 de março, todas as escolas municipais (26) e 12 escolas rurais teriam computadores para professores e alunos trabalharem em sala de aula, um total de 5.900 laptops. A prefeitura chegou a realizar lançamento do programa, na Escola Normal. Na ocasião, a secretaria de educação informou que o município investiu cerca de 3 milhões de reais na infraestrutura tecnológica e 2 milhões e 60 mil reais na compra dos computadores.

Os outdoors com a propaganda do Programa Um computador por aluno podem ser encontrados em diversos pontos da cidade, entre eles na avenida José Correia Machado, já os computadores ainda não chegaram às escolas!

Conta de 2010 rejeitada

Vereadores da oposição reprovam contas do prefeito

Por onze votos a dois, vereadores da situação aprovaram as contas da atual administração referentes ao exercício financeiro de 2010. Os vereadores Pastor Altemar (PSDB) e Claudim da Prefeitura (PPS) votaram contra. Eles disseram que diante das inúmeras denúncias e representações feitas por eles ao Ministério Público é impossível aprovar contas, sem julgar o mérito, tais como o empenho e a natureza das despesas.

Oposição questiona gastos da atual administração e denuncia má gestão do dinheiro público

-Nós que temos o papel de fiscalizador, temos de ser conscientes e não votar antes de analisarmos a fundo vários itens já denunciados nesta casa, disseram.

Desde a tarde de segunda-feira (16), auditores fiscais se encontram na prefeitura para analisar as contas do município. O TCU avalia e analisa a documentação e, em seguida, envia essas contas para aprovação da casa legislativa. De acordo com o presidente da câmara, Valcir da Ademoc (PTB), a visita dos auditores é normal e necessária.

-O papel do Tribunal de Contas é fiscalizar. Se os auditores mandaram as contas para a Câmara aprovar, com parecer de legal, não há porque votarmos contra, justificou o vereador.

Mas o vereador Claudim da Prefeitura avalia a visita de outra forma.

-Eles estão aqui para avaliar a má aplicação do dinheiro público. Houve várias denúncias acerca do mau uso dos recursos, muitos deles protocolados no Ministério Público. Os auditores vão analisar a caixa preta da folha de pagamento, e saber porque ela está inchada, e mais, o porquê de não existirem obras novas na cidade. Além disso, vão averiguar porque a atual administração não cumpre as leis, disse o vereador.

Na tribuna, Claudim enumerou vários itens, que segundo ele, estão sendo investigados tanto pelo Ministério Público, como pelo Tribunal de Contas.

-Voto contra aprovação das contas do município porque houve denúncia da existência de funcionários fantasmas na secretaria municipal de saúde, suposto desvio de recursos do Hospital Alfeu de Quadros. Voto contra por não concordar com os contratos com a empresa Revita, que totalizou 120 milhões de reais por 60 meses, sendo que a limpeza pública nos bairros é praticamente inexistente e a cidade está suja, sustentou.

O parlamentar finalizou citando a denúncia de suposta improbidade administrativa envolvendo aplicações de recursos com o time de vôlei, reforma do ginásio que minou água no teto durante competição de nível nacional, atraso no pagamento dos transportadores escolares, atraso no repasse ao Prevmoc e o aumento nos gastos da merenda escolar. Após a terceirização da merenda, o custo para os cofres públicos saltou de R$ 4 para 12 milhões.

Fiscal do povo

Estou na câmara municipal cumprindo o papel de um vereador que é o de fiscalizar

O vereador Claudim da Prefeitura (PPS) em discurso na tribuna da câmara municipal na manhã desta terça-feira, 17, criticou mais uma vez morosidade da atual administração municipal em resolver problemas considerados básicos de uma cidade do porte de Montes Claros como, por exemplo, e as estradas rurais, praticamente intransitáveis, a limpeza urbana que também está deficitária além dos buracos espalhados nas vias públicas de toda a cidade.

Claudim da Prefeitura também da tribuna manifestou seu voto contrário às contas do atual prefeito relativas ao exercício 2011. Segundo o parlamentar não havia possibilidade de se votar favoravelmente uma vez que, há problemas nesta administração como de funcionários fantasmas onde o dinheiro público foi gasto indevidamente. O vereador lembrou ainda das denúncias de desvios de recursos públicos do hospital Alpheu de Quadros, onde segundo o parlamentar foi feita apenas uma auditoria velada.

- bairros totalmente sujos, repasses para o time de vôlei enquanto a saúde, por exemplo, está um caos além da reforma do ginásio que não serviu para nada, pois chove fora e dentro do referido ginásio. Enfim é um vexame atrás do outro. Trabalhadores no transportador escolar estão ai sem receber e a folha de pagamento inchada, este é o retratado da incompetência administrativa de um prefeito que não cumpre a lei. Vou continuar votando contra o que entendo ser maléfico para a cidade, pois estou na câmara municipal cumprindo o papel de um vereador que é o de fiscalizar, conclui.

Transportadores escolares sem pagamento desde janeiro

Discurso do vereador Claudim da Prefeitura ganha destaque de primeira página no Jornal O Norte de Minas

Lucilene Porto

A denúncia de que dezenas de transportadores escolares da zona rural de Montes Claros estão com pagamento atrasado foi pauta de discurso do vereador Claudim da Prefeitura (PPS) durante reunião ordinária na câmara municipal, na última terça-feira.

Claudim pediu providências à atual administração municipal e apresentou documentação recebida de transportadores que se queixam da falta de pagamento. O problema, que vem se arrastando desde o final do ano passado, quando eles não receberam 16 dias trabalhados, ficou ainda mais crítico este ano.

Segundo os transportadores, em 2012 já são dois meses de vencimentos atrasados.

Em uma das cartas, transportador que pede para não ter o nome divulgado, alega que já não tem como manter o serviço, nem arcar com as despesas pessoais e da família, como feiras e contas de água e luz.

Segundo informações, há quase 90 ônibus que atendem a zona rural, fazendo percursos variados entre as comunidades e escolas rurais do município. Alguns ônibus, como os que fazem o percurso de Sanharó/ Montes Claros chegam a percorrer 126km por dia; Manganagem, São Domingos e Aparecida do Mundo Novo e vice-versa viajam 130km; Serra Velha a Canto do Engenho – 99km, Santo André a Montes Claros – 126 km e Mimoso a Me Livre – 50km, Santa Cruz a Pedra Preta – 106km e Santo André a Pau-D’Óleo, entre outras dezenas de ônibus que estão tendo de fazer empréstimos para conseguir abastecer, pagar motorista e dar manutenção nos veículos.

- Temos informações de que existem 88 linhas que atendem à demanda rural. O atual problema está acontecendo na maioria dessas linhas. São pais de família que não têm como sustentar esta situação. Eles precisam comer, precisam pagar suas dívidas e o crédito que tinham já acabou. Estão dependendo da prefeitura. Dinheiro para efetuar este pagamento a prefeitura recebeu, pois ela recebe recursos federais e estaduais para isto, esclarece o vereador.

Claudim da Prefeitura informou que ainda ontem, iria entrar com pedido de providência junto à Comissão de Educação da Câmara de Vereadores.

- Vamos coletar mais informações sobre essa situação e fazer representação junto ao Ministério Público. Há contrapartida dos governos federal e estadual, não entendemos o porquê deste pagamento não está sendo realizado, disse.

Dívida de 2011 seria de 260 mil reais

Segundo o vereador, este ano a prefeitura realizou dois pregões nas datas de 2 de fevereiro e 30 de março para contratação de veículos para realização de transporte escolar rural. O contrato referente a 2011 havia vencido em janeiro deste ano.

- Os transportadores que participaram da licitação já começaram a trabalhar desde o início do ano e até agora não receberam o pagamento.

Carta enviada pelos transportadores ao parlamentar revela que em 2011 foram feitos dois contratos, sendo que cada um correspondia a 100 dias. No entanto, de acordo com o calendário escolar, os dias letivos de um dos contratos foram 110, ficando acumulado 10 dias sem pagamento. Nos meses de novembro e dezembro, os transportadores alegam que trabalharam mais seis dias letivos e também não receberam pelo serviço.

-Os contratos foram feitos sem nenhum dia a mais e geralmente sempre dá diferença no calendário escolar. Das (88) Linhas do Transporte, cada um tem um pouco a receber: algumas 16 dias, outras 12 dias e outras 10dias, escreveram no documento apresentado ao vereador.

O texto diz ainda que eles (transportadores) foram informados pelo Financeiro da Educação que para receber o dinheiro deveriam fazer um processo administrativo na prefeitura contra a Educação para tentar receber os atrasos. O valor chega a R$ 260 mil reais.

O vereador Claudim da Prefeitura informou que os transportadores rurais são contratados pela prefeitura e devem arcar com todas as despesas que vai desde a gasolina no posto de combustível até a manutenção do carro.

-A situação tornou-se insustentável! Eles já utilizaram todos os recursos que tinham. Os transportadores precisam receber o pagamento para quitar suas dívidas e continuar prestando o serviço.

O jornal O Norte entrou em contato com o setor de pagamento da Educação da prefeitura, na tarde da última quinta-feira (12), e foi informado pela funcionária Leiliane, que os pagamentos dos transportadores que estão com documentação em dia serão feitos nos próximos dias.

Transporte escolar e saúde: à beira do caos

Meus amigos de Montes Claros.

Recebi informações e reivindicações feitas pelos trabalhadores do transporte escolar na cidade e, por isso estou entrando com um encaminhamento para que a Comissão Permanente de Educação da Câmara dos Vereadores averigúe a questão dos contratos de transportadores escolares.

No ano passado estes transportadores tiveram um prejuízo de 16 dias, pois fizeram um contrato de 100 dias e trabalharam estes 16 dias a mais. Este ano assinaram o contrato no inicio do ano e até agora não receberam os seus pagamentos. A falta de dinheiro não é justificativa, pois o governo federal e estadual encaminha estes recursos para bancar o transporte escolar.

No ano passado fizemos uma audiência na câmara dos vereadores para tratar da falta de pagamento dos transportadores escolares e este ano acontece a mesma coisa; e estes transportadores ainda não pararam por afinidade com as suas comunidades.

Agora vem a propaganda desta administração falando que a educação no Município é de qualidade, isso não é verdade, pois a educação é todo o conjunto. Sem falar que as estradas que servem ao transporte escolar estão totalmente abandonadas e esta chegando na situação dos transportadores escolares pararem de vez.

Acho que isso é covardia com os pais de família que trabalham no transporte escolar, e não recebem os seus pagamentos. Estaremos pedindo a Comissão Permanente de Educação desta Casa, que olhe esta situação é que tome providências no sentido de resolver a questão do pagamento dos nossos transportadores escolares.

Saúde

Na saúde, temos a questão do Prontomente, que até hoje não recebeu o repasse que seria pago desde o ano passado no valor de 44 mil reais; e temos que lembrar que o Prontomente é o único hospital em nossa região que atende pacientes carentes que sofrem de transtornos metais. Isso que esta acontecendo em nosso município é um verdadeiro absurdo.

No último sábado teve uma chuva que trouxe muito transtorno para nossa população e tudo isso porque não temos infraestrutura e isso se dá por causa da má administração, na verdade não temos gestão pública em nosso Município e tudo que temos é publicidade enganosa.

Somente que está precisando do atendimento médico é que sabe o atendimento péssimo que acontece em nossa saúde, volto a dizer que falta é gestão e por isso estamos vivendo este verdadeiro caos em nossa cidade.

Chega de promessa!

Samuel Nunes
Repórter

Cartazes, gritos de ordem, vaias em alguns momentos para representantes do poder executivo e cobranças contundentes direcionadas à administração municipal. Foi o que fizeram os quase 100 moradores do bairro Vila Castelo Branco, na noite da última quinta-feira (29), na Câmara Municipal de Montes Claros, em audiência pública proposta pelo vereador Claudim da Prefeitura (PPS). O parlamentar disse que é preciso que a atual administração cumpra as promessas de campanha, que transforme as promessas em realidade, para a população receba os benefícios pelos quais paga anualmente. Na Vila Castelo Branco, por exemplo, afirma ele, os moradores estão lançados à própria sorte, ou seja, totalmente abandonados.

- Os moradores da Vila Castelo Branco têm dois sonhos, que diante da inércia da administração municipal parecem muito distantes: rede de esgoto ligada às residências, acabando com as fossas existentes nesta comunidade e o término das obras do conjunto habitacional, que anda a passo de tartaruga, com apenas dois pedreiros e três serventes trabalhando. É preciso que as casas sejam concluídas logo, para que aqueles que residem embaixo da rede de energia elétrica sejam retirados, pois estão correndo risco de morte, morando neste local extremamente perigoso, alerta o vereador.

O vereador afirmou ainda que, diante da morosidade para conclusão das obras, estará recolhendo assinatura dos moradores, que será protocolada no Ministério Público para que providências sejam tomadas.

Desabafo

Durante a audiência na Câmara Municipal, moradores da Vila Castelo Branco tiveram a oportunidade de se dirigirem ao microfone para, reivindicar aos presentes, melhorias para a comunidade. Geovacina Macedo Gomes, demonstrando indignação e em tom de desabafo disse:

- Não somos cachorros para sermos jogados ao léu! É uma vergonha a situação em que estamos vivendo.

A morada cobrou dos representantes da administração e da Copasa que providências imediatas venham a ser tomadas, uma vez que a comunidade da Vila Castelo Branco está cansada de promessas que nunca saem do papel.

Cleidson Rocha Ferreira reclama da ausência de qualquer tipo de projeto social para a comunidade.

Sandra Magalhães, também moradora, lembra que na Vila Castelo Branco não há creche, escola, posto de saúde, ruas asfaltadas e nem rede de esgoto nas residências.

- O abandono é total, é um absurdo a situação da Vila Castelo Branco. Para se ter ideia, ainda há muitas famílias que moram em lonas pretas, revela.

O líder comunitário Gonçalo Cordeiro, afirma que é preciso mais atenção por parte do poder público municipal, uma vez que muitos moradores vivem em condições desumanas. Segundo ele, muitos além dos que vivem com a família em lonas pretas, existem os que moram em um cômodo apenas e as paredes do pequeno espaço se encontram rachadas.

Promessas da administração

Ao O Norte, o secretário municipal de Obras, João Henrique Ribeiro, disse que o processo licitatório para a construção de 193 casas está em análise, no setor competente da Caixa Econômica Federal. Ele explicou que assim que o processo for liberado, será aberta ordem de serviço para que a empresa vencedora da licitação execute o serviço. Ribeiro lembra que as 193 casas serão de responsabilidade da empresa licitante e que outras 75 residências ficarão sob responsabilidade da Esurb. O secretário afirmou ainda, que o volume de recursos é da ordem de cerca de 9 milhões de reais.

Indagado pela reportagem quanto a uma data para reinicio das obras, o secretário de Obras, João Henrique Ribeiro, afirmou que a expectativa é de que no inicio de abril a obra seja reiniciada. Quanto ao término, a previsão para conclusão das obras é de cerca de um ano, a partir do seu reinicio.

Promessas da Copasa

Em relação às fossas entupidas, em praticamente todo o bairro Vila Castelo Branco, o representante da Copasa, Antônio Carlos Câmara Junior, disse que a ordem de serviço para realizar a sucção das fossas já está liberada. Já quanto à falta de rede de esgoto nas residências dos moradores, oficio encaminhado à Câmara Municipal, no inicio do ano, pelo diretor de Operações da Copasa, Márcio Kangussu, informa que a empresa está impossibilitada de atender à solicitação dos moradores da Vila Castelo Branco, pois as residências encontram-se em área de risco, sob a linha de transmissão da Cemig. Informa ainda, que só após a devida regularização da situação a Copasa poderá realizar novos estudos técnicos para implantar o sistema de esgotamento nas residências.