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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vereador Claudim é um dos poucos a nunca ter saído do plenário

Falta de quórum impede audiência para discutir problema do leite

                                                                                                 Divulgação 

Falta de quórum impediu votação de requerimentos


Lucilene PortoRepórter

A reunião ordinária da última terça-feira (29), na Câmara Municipal de Montes Claros, terminou mais cedo, por falta de quórum.  Também por este motivo, o requerimento que solicitava audiência pública para hoje, dia 31, sobre o problema da falta de leite no Programa Fome Zero – Leite Pela Vida, não foi aprovado.


O leite fornecido à população carente é fruto de parceria dos governos federal e estadual. Em Montes Claros, o Idene é responsável por fiscalizar e acompanhar a sua distribuição. Segundo denúncia de moradores, o leite está sendo distribuído em menor quantidade, desde o mês de março deste ano. As famílias cadastradas, que deveriam receber 7 litros por semana, estariam recebendo apenas dois litros.
O problema foi levado ao conhecimento da Câmara, há duas semanas, pelo presidente do Conselho Gestor do bairro Cidade Cristo Rei, Mário Ribeiro. O morador protocolou pedido de providência ao Ministério Público Estadual e Federal e também procurou o Idene, mas segundo ele, o problema ainda não foi totalmente resolvido.

Mário Ribeiro, que acompanhou a reunião de terça-feira, saiu desapontado. Ele acredita que o requerimento possa ser aprovado nesta quinta-feira (31), se houver reunião na casa legislativa.
O problema da falta de leite já foi denunciado pelo Jornal O Norte. Na semana passada, segundo moradores, a entrega teria começado a se normalizar.

-Queremos que nossos representantes possam discutir esse problema. Saber por que está faltando o leite, se é porque o governo paga pouco ao pequeno produtor, ou se há outros motivos, disse Mário Ribeiro.

A reunião que transcorria normalmente, com os assuntos gerais e votações de projetos, foi esvaziada após o pedido da vereadora Rita Vieira, para votação dos requerimentos em bloco. No o plenário permaneceram apenas os vereadores Rita Vieira, Alfredo Ramos, Claudim da Prefeitura, Valcir da Ademoc, Ildeu Maia, Damásio Vladimir e Athos Mameluque. Acredita-se que a falta de quórum passa longe da questão do leite e se deve ao fato de, entre os requerimentos que deveriam passar pela aprovação dos parlamentares, estar um que solicitava a lista de funcionários contratados pela prefeitura, desde o início de 2011 até os dias atuais, com nome dos funcionários e respectivos salários e funções, e um, outro que solicitava informações sobre o pagamento do 14º salário dos professores municipais.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Cidade abandonada

Vereador critica má aplicação do Fundeb por parte da secretaria municipal de educação 


O vereador Claudim da Prefeitura (PPS) da tribuna da Câmara municipal, na manhã desta terça-feira, 29, proferiu um dos mais contundentes discursos nesta legislatura. Inicialmente se solidarizou com os moradores do bairro Mangues, que cansados da inércia da administração municipal, mobilizaram-se e foram à casa do povo (Câmara municipal). No legislativo, os moradores cobraram providências no que se refere aos problemas vivenciados como ruas sem asfaltamento, mato, lixo e entulho.
- Esta administração que aí está só prega mentiras, pois passam uma cidade onde a saúde vai bem, ruas não tem buracos, o trânsito também não tem problemas, enfim pregam a existência de um canteiro de obras. Entretanto, sabemos que isto é uma inverdade, pois a cidade está abandonada, frisa. 

Fundeb




















Claudim da Prefeitura chamou a atenção ainda para o dinheiro do Fundeb –
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, que tem sido mal empregado pela secretaria municipal de educação. O vereador citou alguns exemplos, como a contratação da empresa ADM Construtora Ltda no valor de R$ 250.989,36 para construção e cobertura de quadra poliesportiva no Cemei Paulo Freire no bairro Vilage do Lago e escolas municipal Zizinha Ribeiro no bairro Santo Amaro e Nair Fonseca no Distrito de Canto do Engenho. Segundo o parlamentar há indícios de irregularidades uma vez que, as medições estão como se as obras estivessem prontas.
Por isto, o vereador garante que estará entrando com uma representação no Ministério Público para apurar prováveis irregularidades. Claudim da Prefeitura aponta no entendimento dele outra irregularidade que é a contratação da empresa terraplanagem Ltda, isto no valor de R$ 314.583,41 para serviço de capina e bota fora de entulhos que na visão do parlamentar não poderia ser pago com recursos do Fundeb.
O parlamentar vê ainda indícios de irregularidades na contratação de empresa especializada para prestação de serviços de consultoria, supervisão,fiscalização, controle tecnológico, apoio logístico de acompanhamento de obras no valor de R$ 917.401,00, recursos estes provenientes do Fundeb o que no entendimento dele é algo extremamente danoso, pois tamanho recurso poderia ser empregado por exemplo, na construção de escolas.   


- Que obras? pois fui a estes locais e o que vi foi obra parada, o que retratada muito bem a cara desta administração, que durante os três últimos anos somente propagandeou uma cidade que na prática não existe. Na planilha há obra de construção e cobertura das quadras, no entanto, tudo está abandonado, afirma.
O parlamentar não enconomizou também em criticas àqueles que comandaram a Esurb a deixando, sucateada e desmantelada.
- Administradores incompetentes acabaram por massacrar os trabalhadores desta empresa a deixando reitero, sucateada. 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Alerta a população montes-clarense


O fiscal do povo enaltece as cobranças dos moradores da Vila Castelo Branco

Quero cumprimentar os moradores da Vila Castelo Branco, que reivindicam mais uma vez o inicio da construção das suas casas, que já se arrasta por mais de 3 anos. Quero tecer um comentário referente a uma declaração à imprensa do prefeito, alegando que esta sendo perseguido por questões políticas.

Agora quando o prefeito assumiu o cargo, o seu procurador disse que Ministério Público não mandaria em seu governo e agora temos a resposta. Nestes 34 meses de administração este governo não disse a que veio e agora o prefeito vem com esta que esta sendo perseguido e diga-se por instituições sérias e que tem o poder e a obrigação de fiscalizar.

Chamo a atenção da nossa população com relação a esta situação e também aqueles que esperam a reforma das estradas, o asfalto, a limpeza pública de qualidade e uma merenda boa para nossas crianças.
Quantas vezes fizemos audiência  públicas  nesta  Casa   para alertar o prefeito o que   precisa ser feito para atender aos anseios da nossa população. Não podemos entrar no jogo deste prefeito que aí estar, e temos sim que dar muito crédito ao que estar falando estas instituições sérias, que tem o papel de   fiscalizar as prefeituras.

Gostaria de dizer que isso é apenas o início e que muitas coisas ainda estão por vir; temos inclusive o caso dos funcionários da saúde que foram mandados embora, no ano de 2009 e que agora o prefeito diz que não tem conhecimento deste fato. Não podemos entrar nesta do prefeito de dizer que está sendo perseguido pelos órgãos fiscalizadores. Fica aqui o meu alerta a nossa população, pois se existe alguém que foi perseguido foi a nossa população, que ficou sem atendimento na saúde, não teve a limpeza urbana que merece e isso vem acontecendo nestes mais de três anos desta administração.

Tenho certeza que Montes Claros será exemplo para o Norte de Minas e para todo o nosso Brasil.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Retrocesso administrativo


A administração que aí está, 
representa o atraso para a cidade


O vereador Claudim da Prefeitura (PPS) não economizou criticas direcionadas a administração da qual ele classificou de ineficaz e retrógrada. Segundo ele, vários, são os problemas na atual gestão como, por exemplo, limpeza pública ineficiente e varrição de igual forma.
O parlamentar do PPS afirma que a administração municipal vende uma cidade ilusória onde na prática o que se vê é uma cidade cheia de buracos, mato e lixo por toda parte. O vereador conta que não acontece limpeza de bueiros, serviço este preventivo que deveria ser realizado.  
Claudim da Prefeitura afirma que a atual administração diz que a cidade cresce, mas isto na verdade acontece pela competência de empresários que decidem investir no município e não por vontade política do atual gestor.
O Vereador criticou ainda os problemas na saúde pública municipal como a falta de médicos e medicamento em algumas unidades de saúde, resultado da falta de compromisso na aplicação dos recursos públicos.
- Chega de atraso para o município de Montes Claros, a população deve refletir quanto ao atual momento que passa a nossa cidade. Bairros totalmente abandonados como o Santo Amaro e Olga Benário e nada é feito, cabe, portanto, reflexão por parte da comunidade local, uma vez que a cidade ilusória, da propaganda não existe. Existe sim, uma cidade que cresce por si só, não por competência da administração municipal que nada faz pela cidade, conclui.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Circo armado

Waldyr Senna Batista
  
Acusado de improbidade administrativa, com desvio de R$ 4,6 milhões de recursos federais destinados ao setor de saúde, o prefeito Luiz Tadeu Leite resolveu defender-se atacando. Reuniu a imprensa, aqui e em Belo Horizonte, para dizer que está sendo vítima de “complô” e “tratoração” de “setores do Governo de Minas”. Excluiu da suposta trama o governador Antonio Anastasia, a quem chamou de parceiro na ampliação do setor de industrialização de Montes Claros.

Entrou em uso a velha fórmula de posar de vítima, que deu certo em outras oportunidades. Só que, no presente episódio, trata-se de processo formal, com indiciamento, por iniciativa do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público estadual e federal e da Polícia Federal. Ou seja, a ação já superou a fase de apurações e levantamentos em que o argumento de natureza política poderia surtir algum efeito. Daí em diante, passam a valer a lei, os argumentos de ordem judicial e a prova documental.

O processo, pelo que tem noticiado a imprensa, teve por base denúncia da cirurgiã-dentista Djany Baleeiro Rodrigues, que trabalhava na Prefeitura em cargo de chefia, foi incluída no “listão” dos demitidos nos primeiros dias da atual administração, há três anos e meio, mas teve seu nome mantido na folha de pagamento do programa de saúde. Alguém recebeu o dinheiro, o dela e o de dezenas de outros ex-funcionários. Em razão disso, ela apresentou a denúncia que originou o procedimento policial  para apuração do rombo que, segundo o inquérito, alcançou R$ 4,6 milhões.

A ação tem, pois, nome, sobrenome, profissão e endereço, que são os da funcionária citada no noticiário. A Polícia e o Ministério Público foram acionados, expondo a situação irregular que aí está. São entidades que gozam de credibilidade, atuam com eficiência e costumam apresentar cachoeiras de fatos e imagens que ocupam  páginas de jornais e telas de televisão. Não consta que, em qualquer momento,  tenham se prestado à formação de “complô” para perseguição política de prefeitos, que, no contexto nacional, representam pouco.

Um dos jornais de Belo Horizonte registrou a movimentação do prefeito na Capital com manchete carregada de ironia: “Tadeu Leite arma o circo em BH”. E noticia que ele protocolou ofício na Superintendência da Policia Federal de Minas Gerais colocando a Prefeitura à disposição para qualquer tipo de investigação; fez representação ao Conselho Nacional do Ministério Público contra o procurador Marcílio Barenco Corrêa de Melo,  que coordenou o exame da documentação colhida na Prefeitura, acusando-o de ter agido “de forma policialesca, agressiva, mal educada e cheio de impáfia”; e contesta a validade das apurações, que apontaram desvio de “centenas de milhões” de reais, que o prefeito considera impossível, pois o orçamento total do município é de R$ 550 milhões. Todas elas medidas cosméticas, que não levam a nada.

Mas esse é apenas o início de longo processo, que não chegará a termo antes da eleição de outubro. O prefeito, agora indiciado, poderá disputá-la, carregando o peso do desgaste que esses acontecimentos produzirão, embora a oposição, que até agora não tugiu nem mugiu, talvez não venha a ter disposição para incluir o assunto na pauta. Diferente do que fez o prefeito Luiz Tadeu Leite com relação ao seu antecessor, Athos Avelino, quando equipe da Polícia Federal esteve realizando levantamentos na Prefeitura. Na opinião do então oposicionista, à frente dos microfones de sua emissora de rádio, a PF havia “ocupado o prédio da Prefeitura”.

A propósito das acusações de “complô”, o chefe da PF em Montes Claros, Marcelo Freitas, resumiu: “A PF é polícia de Estado, não de Governo.”

terça-feira, 8 de maio de 2012


MPF acusa prefeito de Montes Claros de improbidade administrativa 

07/05/2012 - 19h03m
De acordo com notícia publicada nesta segunda-feira (7), no site da Procuradoria da República em Minas Gerais (http://www.prmg.mpf.gov.br/), o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou duas ações de improbidade administrativa contra o prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite, e seu secretário municipal de saúde, José Geraldo de Freitas Drummond.
Eles são acusados de manipular informações acerca do funcionamento de unidades de saúde para que o município continuasse recebendo indevidamente recursos públicos federais. Segundo o MPF, mais de 4,6 milhões de reais foram repassados nessas condições pelo Ministério da Saúde à Prefeitura de Montes Claros e não se sabe o destino dado a toda essa verba.
As irregularidades tiveram início em 2009, quando Luiz Tadeu Leite tomou posse como prefeito municipal, e estão relacionadas ao funcionamento de dois programas do Governo Federal: os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS), ambos vinculados ao Ministério da Saúde.
Informações falsas -Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família são custeados por recursos da União, mas as verbas somente são direcionadas às prefeituras quando e se atendidas as normas do programa, isto é, a União somente repassa a verba se os NASF realmente estiverem em funcionamento.
Não foi o que ocorreu em Montes Claros. Em meados de 2008, cinco núcleos foram implantados na cidade e a prefeitura passou a receber 20 mil reais para o custeio de cada um deles. No início de 2009, assim que assumiu a gestão municipal, o atual prefeito teria dispensado cerca de metade dos profissionais de saúde cadastrados no Ministério da Saúde como integrantes dos NASF e remanejado os demais para outras atividades, prejudicando por completo o funcionamento dos núcleos.
Os profissionais dispensados, no entanto, continuaram inscritos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), como se os NASF estivessem em efetivo funcionamento e cumprindo integralmente o que determina a Portaria GM nº 154/2008 do Ministério da Saúde, o que possibilitou, à Prefeitura, continuar recebendo indevidamente os repasses federais. Em 2009, foram R$ 1,1 milhões; em 2010, a mesma quantia; em 2011, R$ 1,2 milhões e mais 200 mil reais até março deste ano.
Em depoimento prestado ao MPF há cerca de um mês, uma servidora, cirurgiã dentista, relatou que, apesar de afastada há mais de três anos da chefia de um dos NASF, que inclusive veio a ser fechado, ela teria permanecido cadastrada no CNES como se ainda exercesse a chefia da unidade até meados de fevereiro deste ano, quando, ao descobrir o fato, comunicou a irregularidade ao Ministério da Saúde.
Outros três depoentes, que atuavam em diferentes núcleos, confirmaram os mesmos fatos. Um deles, médico, ainda informou os prejuízos causados na assistência à saúde da população, e exemplificou com o caso de uma criança com paralisia cerebral, que anteriormente era pouco internada porque recebia atendimento no NASF do Bairro Novo Sion e que, com o fim dos serviços, passou a ser internada com frequência em um hospital da cidade.
Segundo a ação, “os prejuízos causados pelos réus à gestão da saúde pública podem ser vistos sob diversos enfoques, em especial, o da fraude ao patrimônio público federal, pois verbas com destinação específica deixaram de ser aplicadas nos fins a que se destinavam, e o do prejuízo causado à população montesclarense, que teve ilegitimamente suprimido o direito de acesso à saúde pela via preventiva dos 05 NASF que anteriormente funcionavam na cidade”.
Agentes de Saúde -O mesmo teria ocorrido na execução do Programa Agentes Comunitários de Saúde, com a manutenção, no CNES, dos nomes de profissionais exonerados de suas funções desde 2010.
De acordo com o MPF, o município teria contratado, entre julho e setembro de 2009, 139 agentes comunitários de saúde de forma totalmente irregular. Em ação de improbidade em curso na Justiça Estadual, consta que a contratação ocorrera por motivos políticos, no âmbito da campanha eleitoral do filho do prefeito ao cargo de deputado estadual.
Segundo a ação, em maio de 2010, esses 139 profissionais foram exonerados de suas funções, mas, no mês seguinte, 72 deles foram recontratados pela prefeitura, também de forma precária e sem concurso público, só que, desta vez, para exercerem as funções de professor de educação básica e servente de zeladoria. Ou seja, em nenhuma atividade relacionada à saúde.
Apesar disso, relação encaminhada pelo Ministério da Saúde ao MPF revelou que 92 agentes comunitários de saúde exonerados de suas funções em maio de 2010 continuaram fraudulentamente cadastrados no CNES, de modo que a prefeitura continuou a receber o valor do incentivo financeiro repassado pela União por cada agente indevidamente cadastrado.
Interessante observar que o valor desse repasse está diretamente relacionado ao número de agentes cadastrados. Assim, a fraude permitiu que o Município de Montes Claros continuasse a receber indevidamente verbas federais cujos valores, somados, podem chegar a mais de um milhão de reais, narra a ação.
O MPF desconfia que ainda hoje existem ex-agentes comunitários de saúde inscritos irregularmente. É que, cinco meses depois do envio da lista pelo Ministério da Saúde, 28 deles continuavam cadastrados no sistema como se estivessem em atividade e é possível que o município continue a receber indevidamente os repasses de verbas federais por tais ex-ACS.
Para o Ministério Público Federal, os réus agiram dolosamente, visando ao recebimento dos recursos federais com desvio de finalidade. Com isso, eles violaram princípios constitucionais da Administração Pública, em especial os da legalidade, da moralidade administrativa e da eficiência, além de terem causado prejuízos ao patrimônio público federal, em virtude do recebimento fraudulento de verbas da saúde.

Pedidos
Nas duas ações, foi pedida a condenação do prefeito e do secretário municipal de saúde nas sanções previstas no artigo 12 da Lei 8.429/92 e o ressarcimento ao erário das verbas recebidas indevidamente. Se condenados, entre outras punições, eles podem ter os direitos políticos suspensos por prazo a ser fixado na sentença, serem obrigados ao pagamento de multa e ficarem impedidos de contratar com o Poder Público e de receberem incentivos fiscais ou creditícios.


Esgoto a céu aberto no Planalto



- Como ter saúde em um lugar onde esgoto corre a céu aberto, sem que qualquer providência seja tomada por parte das autoridades?
Este é o desabafo da moradora do bairro Planalto, Maria Aparecida Ferreira Rodrigues.

Comunidade reclama mais uma vez do esgoto a céu aberto
Objeto de matérias do O Norte, a realidade nesta comunidade é cada vez mais difícil, tendo inclusive, a Associação de Moradores do Planalto Prolongamento, requerido da construtora responsável pelo loteamento da comunidade indenização no valor de dois milhões e duzentos mil reais. A ação está na 2ª Vara Civil que remeteu a ação para a 4ª Vara, em nome de 44 famílias residentes na comunidade, localizada na região norte de Montes Claros.
A moradora também em tom de desabafo, reclama inclusive do constrangimento ao receber visitas em sua casa. Ela diz que fica totalmente envergonhada ao receber amigos e familiares em função do mau cheiro do advindo do esgoto a céu aberto. O problema é diuturno e incomoda, diariamente, os moradores, principalmente os que residem na rua Jequitai. Maria Aparecida lembra que a situação, que já não é das melhores, se agrava ainda mais com o período chuvoso.
A vizinha Maria Ilda de Jesus reclama do matagal nas proximidades, tanto da rua 02, quanto da Jequitai. Segundo ela, é extremamente perigoso transitar pelas referidas vias públicas, principalmente à noite.
- Além do matagal, que representa insegurança para nossa comunidade, enfrentamos também o problema do esgoto a céu aberto que, além de colocar em risco a nossa saúde e das crianças, mostra bem o descaso das autoridades com a comunidade do Planalto. Esperamos por uma solução que nunca chega. Esperamos que em breve, esses problemas, vivenciados pelos moradores, sejam resolvidos, pois do jeito que está não dá mais para continuar, frisa.
Maria Ilda afirma ainda, que é comum registros de casos de crianças que apresentam febre e dores de cabeça em decorrência do esgoto.

Morosidade
A reportagem esteve novamente no local para conferir in loco os problemas enfrentados pelos moradores. Além de mostrarem mais uma vez, o esgoto que permanece a céu aberto, eles reclamam do mato, do lixo que se acumula, do entulho e dos animais mortos, que fazem com que o mau cheiro se torne ainda mais insuportável.
O presidente da Associação de Moradores, Dimas Pereira dos Santos, revela que já são cinco anos à espera da conclusão da instalação da rede de esgoto e de um asfaltamento de qualidade nas vias públicas. E que, por mais, que a comunidade cobre, as autoridades não resolvem os problemas.
Quanto à ação movida pela entidade que preside, o líder comunitário explica que esta foi proposta  em decorrência dos danos morais e da quebra de contrato por parte da construtora, causados pela deficiência na rede de esgoto.
- Já estamos temendo que as mesmas desculpas de sempre sejam dadas pelas autoridades, que tem conhecimento da situação, que se agrave ainda mais durante o período chuvoso. A realidade do nosso bairro é de conhecimento da empresa, do poder público municipal e da Copasa.  Mas ninguém faz nada! A expectativa é de que a morosidade da justiça e das autoridades não comprometa ainda mais a situação dos moradores, que já chegou à situação de calamidade pública. Em uma cidade como Montes Claros ter bairros em que o esgoto permanece correndo a céu aberto, sem que qualquer medida seja tomada em favor da comunidade, é simplesmente um absurdo, uma afronta aos cidadãos, afirma.
O esgoto a céu aberto além empestiar o ar, causar doenças, é responsável pelo número crescente das muriçocas,  dos mosquitos,  aranhas e diversos tipos de animais, que também tem tirado o sossego dos moradores.
Vereador cassado diz que dinheiro público é gasto com vodka e festa particular



O ex-parlamentar Pastor Altemar (PSDB), que teve o mandato cassado na semana passada, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) diz que é pré-candidato a vereador. Polêmico, Altemar diz que em pouco tempo o Ministério Público deverá se manifestar acerca das denúncias feitas por ele, contra a atual administração. Uma dessas denúncias seria o gasto de dinheiro público em festa particular com tenda e bebidas alcoólicas.
Lucilene Porto

Pastor Altemar apresenta nota fiscal em nome da prefeitura com lista de bebidas e produtos
Na última quinta-feira (26), ele convocou a imprensa para falar sobre sua saída da Câmara Municipal e sobre a nova caminhada que fará, objetivando voltar a ser a voz do povo na casa legislativa.
-Tenho várias denúncias protocoladas no Ministério Público. A última foi feita na semana passada e é sobre uma suposta rádio peão. São denúncias de funcionários fantasmas e superfaturamento de serviços, entre outras coisas. Estou com minha consciência tranqüila. Se voltar à Câmara vai ser um boi, senão, será uma boiada, continuarei a defender o povo do mesmo jeito, disse.
Ao jornal O Norte, o ex-vereador apresentou cópias de denúncias, cds, cheques e até gravação de áudio que ele afirma comprovar irregularidades na atual administração.
-Aguardem, em breve teremos novidades. Aqueles colegas pau-mandado que tem cargos barganhados também devem ficar atentos, alerta.
O ex-vereador que obteve na justiça, o total gasto pela administração na troca de defensas de concreto por defensas metálicas em toda a extensão da avenida Sidney Chaves questiona o montante e diz que esta obra não é prioridade para a população.
- Não há justificativa para que a atual administração empregue R$ 1.127.250,00 na aquisição e troca das defensas enquanto o município carece de simples estruturas  como asfalto, saneamento básico (Vila Castelo Branco) e tapa buraco. Fiz cinco requerimentos e um ofício solicitando o valor pago pelos cofres públicos para realizar a troca das defensas, mas foi em vão. Precisei recorrer ao MP para fiscalizar onde estava sendo empregado o dinheiro do povo. Foi aí que soube que cada defensa custou aos nossos bolsos a quantia de R$ 670,00.
O Pastor Altemar alega ainda, que tramita no MP, investigação de denúncia feita por ele, de gastos com recursos públicos feitos pela atual administração em festa particular ocorrida no dia 16/07/2010, na residência do então prefeito.
-Montaram uma tenda na porta da residência e a população pagou R$ 1.500 pela sua instalação. Além disso, há uma nota fiscal paga com dinheiro da prefeitura onde há produtos como vinho, vodka e Martini, entre outras bebidas que custaram à população R$ 360,67 conforme nota fiscal encaminhada ao MP, disparou o vereador.
No lugar do pastor Altemar, tomou posse o suplente José Antônio Ferro (PSC), no fim da semana passada.
A respeito da cassação, o vereador voltou a alegar perseguição política. Segundo ele, no dia 16 de abril, o presidente do partido PSC enviou ao presidente da Câmara documento ordenando que a posse de José Ferro fosse feita, antes mesmo de a justiça manifestar-se. Logo depois, o presidente da Câmara recebeu novo documento, desta vez judicial, solicitando a posse do suplente.
- O que acho mais estranho, é que chegou as mãos de Valcir da Ademoc documento pedindo minha exoneração antes mesmo de ela ser publicada. A publicação oficial foi feita no dia 23, e o documento chegou antecipadamente, no dia 20. Tem o dedo de alguém por trás disso, alfineta.
O jornal O Norte entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura para obter informações acerca das denúncias, mas sem êxito.
Comendo pelas beiradas 

Waldyr Senna Batista

A exatos trinta dias do início oficial da campanha, o quadro sucessório em Montes Claros está indefinido, mas posto da seguinte forma: de um lado, o prefeito Luiz Tadeu Leite; do outro, pelo menos cinco possíveis candidatos, viáveis ou que apresentem algum potencial eleitoral.
Está, como se diz, do jeito que o prefeito pediu a Deus. A fragmentação do lado oposto só a ele beneficia. Ainda mais levando-se em conta que esses supostos concorrentes não têm discurso oposicionista. Aliás, não têm discurso algum. Cada um deles tem ficado à espera de qual será o próximo lance dos demais, e o prefeito vai comendo todos pelas beiradas, sem ser incomodado.
Com a generosa verba publicitária que inseriu no orçamento, ele se dedica a promover por todos os meios de comunicação uma cidade virtual, que estava melhor a cada dia e que agora ficou um pouco mais modesta, passou a apelar para a união a fim de construir muito mais. Muito mais do quase nada que tem sido feito, resulta em conta pouco significativa.
Na cidade real, o processo de decomposição se amplia a tal ponto que, decorridos três meses sem chover, prenunciando a pior seca no município ( e em toda a região) nos últimos trinta anos, para dizer o mínimo, nem a operação tapa-buracos tem sido realizada a contento, embora a Prefeitura, no início do ano, tenha pedido paciência à população, alegando que não recuperava o asfalto porque as chuvas não permitiam. O que atrapalha agora deve ser a seca.
O panorama calamitoso que predomina seria propício à oposição, se oposição houvesse. Jairo Ataíde, tido como favorito nas pesquisas, não fala como oposição, até porque não se desfez de todos os vínculos que tinha na administração, tendo restado pelo menos a vereadora Rita Vieira como integrante da bancada situacionista na Câmara; a ação de Humberto Souto tem sido conceder entrevistas em que fala em programa e traça o perfil do prefeito ideal, que seria ele próprio, sem alusão à situação calamitosa em que a cidade está mergulhada; Athos Avelino, perseguido pelo fantasma da inelegibilidade, exibe parecer em contrário de jurista, enquanto vai perdendo força eleitoral, porque o seu PPS passou ao domínio de Humberto Souto, levando-o a se inscrever no PSB, sem ser acompanhado por muitos de seus antigos adeptos, que continuam participando de reuniões do PPS; Rui Muniz parece ter perdido o embalo: transferiu-se para um partido “nanico”, no qual continua embalando o sonho de ser presidente da República, conquanto o objetivo imediato seja a Prefeitura; Gil Pereira é uma esfinge que ninguém decifra: há momentos em que se diz propenso a disputar a Prefeitura, mas em seguida nega essa pretensão, porque se afeiçoou à função de secretário de Estado, na qual tem tido projeção maior do que em qualquer prefeitura. Tornou-se inapetente.
Esse seria o grupo de oposição, que até agora não se opôs a nada. Oposição, mesmo, quem faz é o vereador Claudim da Prefeitura, suportando um fardo muito superior às suas forças, mas com muita disposição. Numa Câmara de quinze integrantes, ele é o único oposicionista. Ou seja, representa exatos 0,66%, com os demais apoiando o prefeito, que, segundo pesquisas não oficiais, teria rejeição superior a 80%. 
Isso significa que, com essa falta de sintonia com a sociedade, a quase totalidade dos vereadores assumiu o risco de não se reeleger. Se as pesquisas estiverem certas, nas eleições de outubro próximo deverá ocorrer no Legislativo a maior renovação das últimas décadas, desta que é tida como a pior Câmara da história.
E com relação à eleição de prefeito, dos cerca de dez candidatos falados, apenas três, no máximo quatro irão disputar. A maioria deles figura na categoria de balão-de-ensaio com vistas a pleitos futuros ou de olho na posição de vice-prefeito.