free counters

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Claudim avalia como positiva a realização de audiência pública

Representante da Copasa garantiu que esta falha será corrigida nos próximos dias com a contratação de uma empresa prestadora de serviço.

O vereador Claudim da Prefeitura (PPS) avaliou como positiva a realização de audiência pública proposta por ele, realizada na noite de quinta-feira, 23, na câmara municipal. Pelo projeto de lei, motivo da audiência a Copasa terá o prazo máximo de 72 horas (Setenta e duas) horas para corrigir os problemas causados as pavimentações deste município, a partir do término da obra onde forem realizados serviços de instalação ou manutenção das redes de água e esgotos.

O superintendente da Copasa Daniel Antunes destacou a importância da reunião e disse que de fato esta empresa tem cometido falha no que diz respeito ao serviço de pavimentação nos locais onde a empresa realiza serviços de instalação ou manutenção das redes de água e esgotos. O representante da Copasa garantiu que esta falha será corrigida nos próximos dias com a contratação de uma empresa prestadora de serviço.

Responsabilidade

Claudim da Prefeitura reiterou a relevância da audiência realizada no legislativo municipal. Classificou de angústia por parte da população a presença de buracos por toda a cidade que tem provocado inúmeros transtornos à população.

O parlamentar enfatizou ainda que, tanto a Prefeitura quanto a Copasa tem a sua parcela de responsabilidade em relação a presença significativa de buracos. O município em não fiscalizar a empresa responsável para realizar o serviço, e a Copasa em não realizar muitas vezes uma pavimentação de qualidade.

- A audiência pública foi proposta com intuito de colocar o problema na mesa de debates e procurar uma solução junto aos órgãos competentes, neste contexto Prefeitura e Copasa. Solicitamos junto à Copasa que encaminhe para a câmara municipal as mais de 3 mil ordens de serviços existentes isto, como forma do legislativo municipal acompanhar de perto o trabalho tanto da prefeitura quanto da Copasa, conta.

Claudim da Prefeitura ao final da audiência pública solicitou dos representantes da Copasa que enviei para o seu gabinete relação das mais de 3 mil ordens de serviços de tapa- buracos oriundos dos serviços de instalação ou manutenção das redes de água e esgotos. O parlamentar justificou o pedido ao afirmar que pretende acompanhar de perto a realização dos serviços.

Melhoria salarial para os agentes comunitários de saúde

Dignidade!

Samuel Nunes
Repórter

Aproximadamente 400 Agentes de Combate a Endemias e Agentes Comunitários de Saúde se mobilizaram na manhã de ontem, terça-feira, 28, em frente à Praça da Catedral para chamar a atenção da sociedade e da classe política quanto à desvalorização de ambas às categorias, que tem sofrido com a defasagem salarial. Eles percorreram as principais ruas do centro da cidade e só pararam em frente à câmara municipal e posteriormente, seguiram para as escadarias da prefeitura de Montes Claros.


Trabalhadores mobilizados cobram por melhores condições de trabalho e aumento salarial

O diretor administrativo do núcleo ACS- Agente Comunitário de Saúde e ACE- Agente de Combate a Endemias, Reginaldo Silva, destacou a presença significativa dos trabalhadores na manifestação, que acontece pela terceira vez consecutiva no município, sem que o poder público municipal dê qualquer sinal negociação com a categoria.

- Queremos a valorização dos trabalhadores da saúde e a compreensão por parte da comunidade. O risco de uma epidemia de dengue existe, entretanto, temos que dividir a responsabilidade. Nós trabalhamos e a prefeitura paga um salário digno! É dever do município cumprir o estabelecido pelo Ministério da Saúde, mediante Portaria 15.99 de 2011, que destina recursos financeiros para pagar o agente, frisa.

O líder sindical conta que se não houver acordo com a atual administração, o caminho a ser definido em assembleia é o de decretar greve.


Dificuldades financeiras

Valdeci Alves, agente de combate a endemias e integrante do setor jurídico do sindicato da saúde, lembra que o salário baixo não tem permitido sustentar a família. Revela que inúmeros colegas de trabalho têm procurado fazer o chamado bico, ou seja, outra atividade fora do horário de trabalho para complementar a renda.

É o que acontece, por exemplo, com Sebastião Junior, casado, pai de três filhos de 4,6 e 9 anos. Além de exercer, por oito horas, a atividade de agente, ele tem que trabalhar diuturnamente, como mototaxista e na venda de seguros Dpvat, para complementar a renda e conseguir o sustento da família.

- Tenho saído de casa às 7h da manhã, dou uma parada para o almoço e só retorno para minha residência às 23h, sendo que em algumas oportunidades trabalho até de madrugada. Com o salário R$ 680,00 que ganho como agente, não dá para sustentar a família, pois para quem já chegou a ganhar praticamente dois salários mínimos, ganhar quase R$ 700,00, passa dificuldades mesmo, fica muito difícil, lamenta.

Indagado sobre qual o seu sentimento diante de tanta dificuldade, Sebastião Junior, enfatiza que é de indignação, de revolta, uma vez que promessas são feitas e não são cumpridas.

Fernanda Priscila Pereira, agente comunitária de saúde, também reclama da baixa remuneração. Segundo ela, a reivindicação não diz respeito ao salário base, uma vez que os profissionais recebem praticamente um salário mínimo.

- Exigimos o pagamento do piso nacional que é de R$ 750,00. Somos o único setor da prefeitura que trabalha oito horas por dia e ganha um salário abaixo do que é pago em outras cidades menores que Montes Claros, como Coração de Jesus e Januária.


Negociação

Fernanda aponta outro problema enfrentado pela categoria: falta de uniforme ou seja, blusa e calça para os trabalhadores.

- Esperamos ser ouvidos em nossas reivindicações, trabalhamos de forma justa e competente e queremos ser reconhecidos. O reconhecimento é a prefeitura nos pagar de forma justa, afirma.

Josiel Bispo, agente, observa que estes trabalhadores visitam mensalmente cerca de 500 casas, sendo que o salário pago não condiz com a realidade dos fatos. Ele cobra o pagamento do piso nacional para a categoria e espera uma contrapartida por parte do poder público municipal. A opinião dele é compartilhada pela diretora do Sindicato da Saúde, Ediné Silva Soares. Ediné afirma que se não acontecer uma negociação favorável aos trabalhadores, certamente a medida a ser tomada em assembleia é a greve.


Reunião

Organizadores do movimento informaram à reportagem, no inicio da tarde de ontem, que acontece na tarde desta quarta-feira (29), reunião com o prefeito, onde se tentará chegar a um acordo. Em seguida, precisamente às 18hs eles realizam assembleia de toda a categoria, objetivando avaliar uma possível proposta da administração e definir quais os rumos a tomar nos próximos dias.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Vereador Claudim denuncia falta de transparência

Prefeitura deixa de prestar contas para a população


Da Redação - Jornal O Norte de Minas

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) tenta fazer com que gestor, eleito pela sociedade, trate o dinheiro público com responsabilidade e de uma forma que as pessoas possam saber como ele usa esses recursos (transparência). No entanto, esta lei, segundo o vereador Cláudio Rodrigues (PPS) vem sendo descumprida, pela atual administração de Montes Claros, desde o mês de agosto de 2011, quando começaram a surgir denúncias sobre os altos gastos da prefeitura com publicidade e propaganda.

Divulgação

Desde agosto a Prefeitura de Montes Claros não publica os gastos mensais

Em meados de julho do ano passado, o vereador conseguiu levantamento no qual a administração teria gasto, durante 17 meses, cerca de R$ 2.900.000,00 em campanhas publicitárias e propagandas de obras públicas, ou seja, mais de R$ 170 mil/mês

- Coincidência ou não, o Portal Transparência, na internet, deixou de publicar os valores diários pagos, desde que começamos a questionar as quantias empregadas pelo município em propagandas mentirosas, enquanto nossa cidade está precisando de obras simples com tapa-buracos, remédios nos postos de saúde, reformas nas quadras – revelou Rodrigues.

Em função da falta de transparência o vereador decidiu procurar o Ministério Público.

- Nós já fizemos representação no Ministério Público solicitando providências. A prefeitura não vem respondendo aos pedidos formulados pelo cidadão, nem tampouco, pela Casa Legislativa, quando se referem a prestação de contas ou apresentação de decretos, leis, ou demais instrumentos normativos que são sancionados na presente administração .

Segundo o vereador, estas informações são de extrema valia para que se possa aferir a real situação financeira enfrentada pela Prefeitura Municipal de Montes Claros, além de possibilitar o acompanhamento das finanças, a cada dia, da presente administração.

No documento apresentado ao Ministério Púbico, o vereador diz que a lei complementar nº131 obriga, desde 2010, todos os Estados, órgãos públicos municipais, estaduais e federais e Prefeituras de cidades com mais de 100 mil habitantes a manter o portal da transparência com essas informações atualizadas.

– Gostaria de alertar a prefeitura para o reforço da claridade dos atos administrativos trazido pela lei 12.527 de 18 de novembro de 2011, que entrará em vigor somente em 2012 – disse o parlamentar.

O gestor que descumprir a Lei da Transparência e não divulgar as informações poderá ser multado e ter congelado repasses de verbas federais.

Além de criticar a postura da atual administração, o vereador lembrou as constantes publicidades feitas em revista de circulação nacional, cujo preço, de cada publicidade, chega à casa dos R$ 25 mil.

– Não foi uma única vez não, estas propagandas caríssimas pagas com nosso dinheiro foram divulgadas pelo menos uma dezena de vezes. Não canso de dizer, isso é vender ilusão, mentira para o povo. Gastam milhões com propaganda e nada com a comunidade.

População desaprova asfalto novo no bairro Santa Rita II


Lucilene Porto

Repórter

Poeira e mal cheiro são algumas das características do novo asfalto, de fabricação norte-americana, que está em fase de teste pela atual administração. A reclamação é de moradores da rua Quatro, mais conhecida como Jacinto Santos Lima, no bairro Santa Rita II. O produto usado na pavimentação é chamado de Enrivothor, e segundo a Esurb, custa cerca de 50% mais barato que o asfalto comum.


Poeira e mal cheiro são algumas das características do novo asfalto, de fabricação norte-americana

Alguns moradores se dizem desanimados, já que além de viveram às margens do Córrego do Cintra, que carece de obras prometidas há décadas, estão assistindo, de camarote, o sonho do asfalto na porta de casa se desfazer.

A professora Selmira Pereira Lopes disse à reportagem de O Norte que mora no bairro há 24 anos e almejava um asfalto digno.

-Sempre aguardamos com expectativa esse dia chegar, e agora vem um serviço mal feito desses dizendo que é asfalto, e que já está pronto. Não podemos aceitar. Queremos ser tratados como os demais moradores, pagamos nosso IPTU em dia, diz indignada.

Comungando da mesma opinião, Gisélia de Oliveira disse que a secretaria de serviços urbanos deveria tê-los avisado sobre o mal cheiro que exala da pavimentação, que mais parece polvilho azedo, para que eles se prevenissem.

-Tenho alergia, e crianças em casa. Estamos passando mal com esse cheiro ruim, até minha garganta está irritada. Disseram que com quatro dias ia passar o odor, e até agora nada, avisa a dona de casa.

O morador Luis Lopes reclamou da falta de nivelamento do novo asfalto com as calçadas.

-Precisamos que o asfalto tenha espessura maior, pois continuamos com dificuldade, tendo que colocar pedras, entre a rua e a calçada para entrarmos e sairmos da garagem com nosso veículo, observou o aposentado.

Já Maria Aparecida Soares, que mora na rua há 16 anos, diz que a nova obra está mal feita.

-Por que não só patrolaram, como normalmente fazem? Agora fica esse serviço porco. Vem com um líquido branco e jogam na terra purinha, sem brita, nem nada e vem dizer que é asfalto e que está pronto. Se não der certo, dizem que vão passar o asfalto tradicional por cima. Não! Tem é que tirar isso que eles colocaram aqui e começar do zero, desafiou a moradora.


Novo asfalto não está nivelado com as calçadas o que dificulta entrada e saída de veículos nas garagens

Durante toda a manhã de sexta-feira (03), funcionários da Esurb, sem máscara de proteção, rapavam e recolhiam a areia de reboco espalhada por toda o quarteirão da rua Quatro.

Entrevistado pelo Norte o presidente da Esurb, Deoclesiano Rocha, explicou que a rua Quatro não está no pacote de obras para asfaltamento, e que foi escolhida aleatoriamente para fazer o teste.

-Esse é um produto dos Estados Unidos, usado no mercado americano há 15 anos. Usado para tirar poeira e lama, não é asfalto é um tipo de pavimentação com polímero, disse Rocha.

Rocha pede que os moradores tenham paciência, já que a obra não está acabada e que é preciso esperar as chuvas para ver se ele é ou não resistente.

-Falta passarmos a última camada, pois o produto que recebemos para o teste acabou. Depois disso, vamos aguardar umas duas semanas, e depois retirar uma amostra e mandar para a análise. Se não for bom, não o utilizaremos, mas se a resposta for positiva vamos utilizar nas estradas rurais e porque não, área urbana, disse.

No início desta semana, o composto químico Enrivothor usado para impermealizar o solo foi aplicado na presença de prefeitos de várias regiões do Norte de Minas na Rua Quatro. Segundo informações de Deoclesiano Rocha, o produto é inofensivo ao meio ambiente e resistente a chuva. A aplicação é feita após a diluição da substância em água e exige equipamentos como rolo e patrol. (FONTE: JORNAL O NORTE DE MINAS)

Montes Claros melhor a cada dia? Somente na assessoria de comunicação

Mudar para comunicar

Waldyr Senna Batista

Montes Claros já não está “melhor a cada dia”, como pretendia a propaganda oficial da Prefeitura. O lema agora é : “Unidos construiremos muito mais”.
Por que a mudança? Provavelmente porque as coisas alcançaram estágio tão bom, que não há como melhorar mais. Ou, como costumam brincar os eternos otimistas bem humorados: “Se melhorar mais, atrapalha”.

Outra possibilidade seria o esgotamento do poder de comunicação da mensagem. Concebida para uma administração bem sucedida, ao final de três anos e a poucos meses de uma eleição em que o prefeito participará, a mensagem estaria produzindo efeito contrário. A solução foi mudar enquanto é tempo. Em vez da frase que permite a prova comparativa, o apelo subliminar de parceria com o contribuinte.
O “slogan” que sai de circulação remetia ao velho princípio, segundo o qual uma ideia que não seja verdadeira, repetida mil vezes, transforma-se em verdade. Com os novos meios de comunicação em massa, a regra predominante é a de que o produto tem de corresponder às qualidades contidas na propaganda. O exemplo didático é o do refrigerante: de nada vale atribuir-lhe aquele sabor divino, se ele não consegue passar pelo teste do paladar do consumidor, que logo identifica a tentativa de engodo. A cidade está melhorando? Em que setor?Onde estão as obras?

O exemplo óbvio, neste caso, são os buracos, que proliferaram com as chuvas torrenciais do final/princípio de ano. Eles alcançaram o estágio de calamidade, e a população aceitou que o resultado de agora é a somatória de processo de deterioração que vem de longe. E esperava que, tão logo cessasse a dificuldade climática, entraria em operação uma espécie de força-tarefa para amenizar em prazo razoável essa situação de constrangimento que a cidade está enfrentando.

Porém, decorridos vinte dias de estiagem, viu-se que não havia dispositivo emergencial algum, com a operação tapa-buracos processando-se ao ritmo habitual, isto é, devagar, quase parando. O que faz temer que as chuvas, que já voltaram e vão se repetir até o final do verão, poderão reabrir os “buracos de estimação” que continuam danificando pneus e suspensões.

A mesma observação se aplica ao mato que tomou conta da cidade. Consequência natural das chuvas, não poderiam colher de surpresa a administração. Seus agentes estão por aí, enxadas em punho, tentando debelar o matagal que se estende por toda a cidade, com destaque (negativo, é lógico) para a Av. Sanitária.
Mas mato, mesmo, medra nos cemitérios municipais, onde mal se vem as lápides, nas quais, além das ervas daninhas, chama a atenção também aquele tipo de sujeira que denuncia o abandono do que, em países civilizados, é tratado como jardim.

Pois do lado de fora do cemitério principal, há muito sem vagas para novos sepultamentos, o lixo transborda de caçamba, que tem sido remexida, espalhando sujeira em volta, num desmentido à propaganda oficial de que o combate ao mosquito da dengue “agora é guerra”. Ou, se é, vê-se que a Prefeitura está perdendo feio.

Ao fim e ao cabo, fica a certeza de que, com ou sem troca de mensagem publicitária, com ou sem chuva, há muito o que construir e consertar para que a cidade afinal possa vir a se tornar melhor a cada dia.