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sábado, 3 de março de 2012

Vitória da cidade...

Começa venda da cidade


Lucilene Porto
Repórter


Apenas dois dos dezesseis lotes postos à venda pela Prefeitura Municipal de Montes Claros foram vendidos na manhã dessa sexta-feira, 2. Dos três licitantes que se inscreveram, um deles que é empresário do ramo da construção civil, Alexandre Macedo Pinto, acabou desistindo de comprar o terreno, após saber que não poderia transferir o imóvel para pessoa jurídica, sem o pagamento de ônus. Apesar do baixo número de inscritos, a sala de reuniões do Setor de Licitações ficou lotada.


Sala de licitação ficou cheia, mas apenas 2 lotes foram leiloados

Foram vendidos o terreno situado na rua Braúna, esquina com Avenida Manoel Caribe Filho e Rua Pequizeiro, bairro Canelas, que fica atrás da Rodoviária, e outro na rua Juca Miranda esquina com Rua José Maria Alkimin, bairro São Norberto, perto da Igreja Rosa Mística.

O lote vendido no bairro Canelas possui área de 963,5 metros quadrados, e foi colocado à venda ao preço de R$ 196.875,00, sendo vendido à vista por R$ 205.002,01 para a empresa Faz Panorama Empreendimentos Limitada.

O terreno do bairro São Norberto avaliado pela Prefeitura em R$ 73.013 que possui 176 metros quadrados, foi vendido para Thaísa Soares Crespo que apresentou proposta de R$ 90.036. O valor será pago em seis vezes de R$ 15.006.

Dois licitantes que chegaram às 9h para participar do processo de venda dos lotes, questionaram a informação divulgada pela prefeitura à imprensa. Segundo eles, Raquel Muniz (empresária da área da educação) e Manoel Vilela (empresário do ramo de construção civil) não ficou claro a forma como deveria ser feito o depósito de caução para participar do processo licitatório.

-Pela informação, acreditávamos que deveríamos fazer o depósito aqui no mesmo horário da licitação, questionaram.

Entre as exigências para participar da licitação estavam o pagamento de R$ 5% do valor do imóvel a ser adquirido, apresentação de envelopes com documentação e o valor da proposta.

O procurador da prefeitura, Wilson Silveira Lopes, presidiu a licitação, acompanhado de membros da comissão de licitação. Até o final desta edição, ele ainda não havia definido a nova data para licitar o restante dos imóveis.

Segundo a administração municipal, o dinheiro arrecadado com a venda dos 16 lotes, estimado em mais de 11 milhões, será investido em asfalto.

Contra a venda dos lotes, o vereador Claudim da Prefeitura afirma que o processo é ilegal, já que alguns dos terrenos possui áreas verdes, como é o caso da praça localizada na rua Benjamin dos Anjos, esquina com rua Tapajós, no bairro Melo.

-Somos contrário a venda do patrimônio público para a realização de obras eleitoreiras, principalmente, quando consta terreno verde ou áreas de esporte e lazer como é o caso do Melo e Acácias, entre outros.

A venda de terrenos públicos vem gerando polêmica desde a apresentação e aprovação do projeto na Câmara dos Vereadores, no final do ano passado. Desde então, entidades de defesa do meio ambiente acionaram o Ministério Público para tentar impedir a venda dos lotes.

Também está na polêmica, a venda da Praça de Esportes. Para esta licitação, ocorrida no mês passado, não apareceu nenhum interessado. O terreno da Praça também é alvo de investigação do Ministério Público.

Os quatorzes imóveis restantes na licitação estão em diferentes bairros como Melo, Jardim Panorama, Acácias, Carmelo, Morada da Serra, Raul Lourenço e São João. Este último, está localizado na rua Coronel José Alves esquina com Rua Bernardino Souto, e está sendo vendido ao preço mínimo de R$ 2.920.964 (2.873,08 metros).

Na lista há outros imóveis caros como na rua Noé Luiz esquina com as ruas Francisco Coutinho Ivan Lopes – no bairro Augusta Mota que será vendido ao preço mínimo de R$ 1.682.932 (5.548,19 metros), e na avenida Osmani Barbosa, Bairro Universitário – Valor R$ 1.909.623 (14.540 metros).

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