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terça-feira, 24 de abril de 2012

Suplente desconhecido

Repercute na Câmara saída de vereador da oposição


 
A perda de mandato do vereador pastor Altemar Freitas (PSDB), por infidelidade partidária, repercutiu nesta terça-feira, 24, durante reunião ordinária na Câmara Municipal. Parte dos vereadores se solidarizou em favor do parlamentar e usou a tribuna para lembrar o trabalho do pastor, que fazia oposição linha dura contra a atual administração, ao lado do vereador Claudim da Prefeitura (PPS).



Por telefone, o vereador pastor Altemar que sua defesa já entrou com dois embargos contra a decisão judicial
A notícia oficial sobre a perda do mandato foi divulgada pelo presidente da Câmara, Valcir da Ademoc (PTB), no início da tarde da última segunda-feira (23), quando foi notificado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para indicar o suplente do vereador do PSC.
Por telefone, o vereador pastor Altemar informou a O Norte que está em Brasília/DF e que sua defesa já entrou com dois embargos contra a decisão judicial. Disse ainda que dará entrevista coletiva à imprensa, na quinta-feira, 26, a partir das 9h, na rua Uruguai, 528 – bairro Doutor João Alves.
-Estou otimista. Já recebi dezenas de telefonemas e e-mails de pessoas preocupadas com essa situação. Mas temos o prazo de 10 dias para recorrer, e vamos aguardar uma resposta positiva.
O desfecho do caso pastor Altemar vinha sendo aguardado desde o final do ano passado, quando o presidente do partido PSC, ao qual ele pertencia, entrou com ação judicial alegando infidelidade partidária. O partido justificou que não havia motivos para que o pastor mudasse para outra legenda. Do outro lado, o pastor defendeu-se, alegando que existia perseguição política dentro do partido envolvendo a atual administração e por esse motivo, sua permanência no Partido Social Cristão não pode continuar. Além disso, segundo o pastor, o PSC, que na época da campanha eleitoral era oposição ao atual prefeito, tornou-se situação. Assim, ele filiou-se ao PSDB. Pastor Altemar deixa a Câmara Municipal com três anos e quatro meses de mandato. Ele foi eleito com 2.122 votos.
A vereadora Rita Vieira (PSDB) foi uma das que se solidarizam com o Pastor Altemar. Ela iniciou seu discurso dizendo que o colega foi escolhido democraticamente, e por isso não concorda com a decisão da justiça.
-Ele foi eleito pelo povo, com mais de dois mil votos, portanto deveria prevalecer a vontade da população que o elegeu.
O vereador Claudim da Prefeitura disse que a Câmara estava de luto por ter perdido uma das vozes da oposição.
-Vamos reforçar nosso compromisso com os cidadãos de Montes Claros. Espero que o suplente seja alguém de opinião e de coragem como o pastor Altemar.
De acordo com o presidente da Câmara, Valcir da Ademoc, ele irá aguardar a indicação da Justiça Eleitoral local para empossar o suplente de vereador do PSC.
-Com as novas mudanças, o mandato agora é do partido e não do vereador. Se não houver uma justificativa para a mudança de legenda, o parlamentar é passível de punição. Essa decisão demonstra que a Justiça não está dormindo. Temos aqui o caso do vereador Marcos Nem que mudou de partido na mesma época do pastor Altemar. Marcos Nem migrou do PR para um partido novo (PSD), o que a nova legislação permite, diferente do pastor Altemar que mudou para o PSDB.
Questionado sobre o possível suplente, Valcir respondeu que, a grosso modo, os três primeiros suplentes do PSC não poderão tomar posse, já que dois saíram do partido, e o terceiro saiu e voltou ao partido, o que poderá resultar no mesmo desfecho do pastor Altemar.
-Por esse motivo solicitamos à justiça que nos indique qual é o suplente que está em condições de assumir a vaga.
Dinheiro para hospitais dá para comprar 460 carros populares
Dois projetos de lei foram aprovados na manhã de ontem (24) pelos vereadores. Os projetos que precisam ser sancionados pelo prefeito prevêem repasse de 10 milhões e 600 mil reais para investimentos na urgência e emergência dos hospitais de Montes Claros, e também na manutenção das instituições.
O vereador Claudim da Prefeitura lembrou que o projeto do executivo já deu entrada na Câmara com quatro meses de atraso.
-Esse projeto já deveria ter sido encaminhado para a Câmara desde o mês de janeiro. O município demorou fazer o repasse, o que traz prejuízo para a saúde de nossa cidade que já está um caos. Eu desafio aqui a atual a administração para ver se eles vão pagar o retroativo de uma só vez, alfinetou.

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